Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

2020 vem aí!


O Centro Cultural Martha Watts deseja a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!!!!!!


Aqui vai um recado especial, tirado do Jornal O Diário de 1953






Voltamos com novas publicações a partir de fevereiro de 2020!
Até lá!

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Mais um caso de abuso



No acervo do Fórum temos muitos casos com temas muito sérios, como vários já abordados aqui. Um dos temas mais recorrentes no acervo judicial é sobre mulheres sendo violadas.

No mês de agosto de 1946, o pai da vítima A.Z. foi até a  delegacia de Piracicaba relatar que sua filha (menor de idade) foi abusada sexualmente por um desconhecido. No entanto, a família da vítima só ficou sabendo do abuso quando a menina foi levada, pela escola, para o Hospital vindo a descobrir que ela já estava grávida de 2 meses.

No depoimento policial, a vítima contou que tinha 14 anos e trabalhava como doméstica. O policial perguntou então quem realizou o “ato carnal” (expressão usada no processo judicial, termo usado na época) com ela, se ela se lembrava do nome ou do rosto da pessoa. A vítima então respondeu que ele vendia produtos para a sua mãe e que levava mercadoria para o Mercado Municipal da cidade. Com essas informações a polícia conseguiu chegar ao acusado, um homem de 51 anos, casado, com seis filhos e que trabalhava de mercador ambulante.

Vanessa Caroline Segredo, aluna do 4º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo Fórum.



segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

1984


O livro de George Orwell, publicado em 1949, a respeito da Segunda Guerra Mundial, sobre o nazismo e Stalinismo, acaba por tornar-se filme. A matéria de Tony Highgate aponta o amor, a liberdade de pensamento, a justiça social e a escolha do seu próprio alimento e fala, como os valores primordiais da humanidade e que foram desvirtuados durante a guerra, são tratados no livro de Orwell.

Em três tópicos: “Atmosfera fiel a Orwell”, “Este 1984 e o imaginado por Orwell” e “Um grande Sucesso”, Highgate propõe uma observação quanto à história ilustrada no livro e a expectativa gerada para a transformação em filme.

Dirigido por Michael Radford, o filme é fiel ao livro e as alterações feitas foram de referências, de acordo com ele, já ultrapassadas, ajustando quase nada o seu roteiro para o filme, mantendo a história original.

1984 é um livro de grande repercussão, bem como seu filme, hoje sendo muito utilizado em sala de aula e exigido em alguns vestibulares, carrega em sua linha romântica meios de orientar e exibir questões e valores que foram alterados pela guerra, como a moral, a religião, etc., além de ter o intuito de prevenir sobre condutas e meios que ainda hoje podem circular em nosso meio bem como na época de Hitler e Stálin.

Nathália Cristina da Silva, aluna do 6º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo O diário de Piracicaba.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Oscar Von Pfuhl e a importância do teatro infantil



“Algumas pessoas tem tendência a considerar teatro infantil uma espécie de infância do teatro. Nada mais errado.”

É assim a introdução da primeira peça do livro teatro de Oscar Von Pfuhl, dramaturgo e médico nascido em Santos, cidade litorânea no estado de São Paulo.

Produzido pela editora senzala o exemplar possui cinco obras em seus textos integrais para reprodução das peças, sendo elas “Um lobo na cartola”, “A árvore que andava”, “A bomba de Chico Simão”, “As beterrabas do Sr. Duque” e “Um elefantinho incomoda muita gente”.

Com uma introdução para cada peça, notamos o cuidado com que o dramaturgo desenvolve suas peças. Na introdução de “A árvore que andava” o autor pontua de forma tocante que a peça foi desenvolvida para pequenos grupos de teatro que não possuam muitos recursos. Dando um toque especial em cada peça que compõe o livro.
Outros ensaios teatrais, livros de poesia, notícias, curiosidades sobre folclore e muito mais você encontra no acervo João Chiarini, disponível para a pesquisa no Centro Cultural Martha Watts.


André Bellaz, aluno do oitavo semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.
                                                                                                                     

terça-feira, 19 de novembro de 2019

O drama do Milésimo Gol de Pelé


Provavelmente todo mundo já viu o milésimo gol de Pelé, mesmo que não goste ou acompanhe futebol, sabe que foi em uma noite de Maracanã lotado em uma cobrança de pênalti. O que muita gente não sabe é o drama que antecedeu nesse momento histórico. Em homenagem ao aniversário de 50 anos, vamos relembrar parte a parte da final dessa trajetória milionária. 

Pelé marcou seu 999° gol contra o Botafogo da Paraíba em um jogo conturbado e polêmico. O Santos, que jogava a Taça Brasil, então Campeonato Brasileiro da época, havia agendado um amistoso em João Pessoa as vésperas de enfrentar o Bahia. Muitos boatos já reverberavam de que o então prefeito de João Pessoa teria “comprado” a partida para que o rei marcasse seu milésimo gol lá. O clima da cidade e o prêmio de Cidadão Pessoense recebido por Pelé, colocavam uma pulga atrás da orelha dos jogadores santistas.

A partida ocorria na normalidade até que um pênalti foi marcado no segundo tempo para o Santos que já vencia por 2x0. A torcida clamava por Pelé, e não tinha jeito, teria que ser ele a bater. Assim faltava apenas um gol para que a marca histórica fosse alcançada. Poucos minutos depois o goleiro do Santos, Jair, alertou para uma possível lesão. “Supostamente” sem condições de jogo e sem goleiro no banco de reservas, calhou a Pelé suprir a vaga. O rei já havia feito outras aparições no gol em momentos que foram necessários, além de vestir as luvas sempre que possível em treinos recreativos. Pelé passou o restante do jogo ali, bem longe da meta adversária, assim evitando quaisquer chances de acontecer o milésimo gol em uma possível partida “armada”.


Três dias depois aconteceu em Salvador a partida contra o Bahia. Com a Fonte Nova lotada e pronta para presenciar tal momento histórico, os dois times fizeram um jogo tenso. Placar final 1x1, sem gol do Pelé...

Entretanto não foi por falta de tentativa que o gol não saiu. Pelé deu origem a uma jogada na qual após tabelar com seu companheiro de time saiu cara a cara com o goleiro baiano, driblou, e com o gol vazio, finalizou. O que ninguém no estádio esperava era que o então zagueiro da Bahia, Nildo, aparecesse em cima da linha para evitar a festa. A lógica seria ele ter o esforço reconhecido e consequentemente aplaudido pelo povo baiano certo? Muito pelo contrário. Após salvar o que seria o milésimo gol de Pelé, o zagueiro recebeu uma monumental vaia da própria torcida. Coisas do futebol que só Pelé conseguia fazer.

Quis o destino que a festa ficasse para o Maracanã, palco histórico de tantos feitos e conquistas do rei. Partida estava empatada em 1x1, quando aos 34 minutos do segundo tempo, Pelé recebeu um lançamento de Clodoaldo e ao entrar na área foi derrubado, pênalti para o Santos. Os jogadores vascaínos se revoltaram, especialmente Andrada, goleiro argentino que foi para o jogo determinado a não entrar para a história.

“Pela primeira vez, já experiente e com tanta rodagem, tremi em campo”, disse o rei. Pelé era o único santista no campo de ataque, seus companheiros perfilaram na linha central para assistir como meros torcedores. Apesar do belo pulo de Andrada que chegou bem perto da bola, não teve como, o dia 19 de novembro de 1969 ficou eternizado na história.



Roberto Carlos Habermann, aluno do 6º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da UNIMEP
Pesquisa realizada no Acervo Rocha Netto e Acervo O Diário.


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

João Chiarini professor


João Chiarini era advogado, historiador, sociólogo, tradutor, político e também professor. Formou-se professor em 1941, na Escola Normal de Piracicaba. Em seu acervo temos caixas com muito material de quando dava aula, material inclusive de alunos.

Trabalhos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências de Tatuí com temas sobre folclore, crendices populares, entre outros, estão arquivados aqui no Espaço Memória





Em próximas publicações tentaremos falar um pouco mais sobre o João Chiarini professor.


Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Rua do porto


Em 1965, João Chiarini, em um texto de sua autoria publicado no Diário de Piracicaba, tratou sobre as grandes mudanças estruturais que a Rua do Porto estava sofrendo. Contrário a essas mudanças que, segundo ele, descaracterizava esse espaço histórico da cidade, escreveu tudo o que pensava para o Jornal.

“A gente não consegue dizer diferente. Por muito tempo ainda assim será. Não que não seja justo “Avenida Beira Rio – Joaquim Miguel Dutra.” Rua do Porto nós a conhecemos muito. Participamos de seus problemas. Sentimo-la bastante. E que as suas figuras estão conosco, embora já se encontrem sepultados há muitos e muitos anos: “Sebastião Negrinho”, “Maria Pituça”, “Toni Fumeta”, “Lelé”, “Nâni”, etc. e os há em carnes e ossos como: “Chico Manduca”, que foi, várias vezes, rio abaixo até o Itapura; “Tangará”, “Bico Fino”, “João Pica-Pau”, etc. Ribeirinhos que apelidam mais que Tietê.
Rua do Porto que vai sendo vestida de asfalto, de canteiros, feitos ilhas; de paredão, de iluminação adequada, de prédios novos. Rua do Porto que não mais dará pintura. Rua do Porto play-boy.”

Chiarini explica no texto que apesar das mudanças em nome do progresso não podemos nos esquecer de que a Rua do Porto sempre foi um local de contemplação e de lazer popular em Piracicaba. Nem sempre se dá pra apoiar mudanças se elas vêm com o objetivo de aniquilar as memórias e manifestações populares de um lugar.




Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Os dois valentes


Oferecido por Francelino Germano de Oliveira a Olegário José de Godoy, a rima “Os Dois Valentes”, cantada provavelmente em Cururu, narra em seus versos uma situação muito cotidiana. Na venda de Pedro Vieira, Constante de Tal pediu uma pinga da qual não pagou. O enredo da história discorre ao ponto de ambos entrarem em uma briga e, por estarem armados e alcoolizados, trocaram tiros.

 “Constante [...] já estava prevenido

 [...] Atirou Pedro no peito
Que ficou muito offendido,
Assim mesmo atirado
Pedro foi um destemido.


Offendido mortalmente
Nem assim perdeu o tino,
Derriçou os 5 tiros
Naquelle seu assassino.
O Constante e Pedro Vieira
Fizeram papel de menino,
Por 200 reis de pinga
Tiveram um fatal destino.”


A rima ainda continua num tom de instrução aos seus leitores e ouvintes, usando o exemplo dos camaradas para os malefícios da bebedeira, que geram brigas sem motivo. Diz “Um homem que bebe muito sempre é desacreditado”. Esse é mais um dos tantos exemplos de rimas recitadas em Cururus e por cantadores para informar o povo e alertá-los de situações do cotidiano.

Nathália Cristina da Silva, aluna do 6º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Novos Corpos – Pelos Velhos?




No dia 15 de julho de 1957, a revista “Manchete” publicou uma propaganda curiosa com o título de “Novos Corpos – Pelos Velhos?”.

Esse anúncio era voltado para o público masculino com a venda do livro “Salud y Fuerza Perdurables” escrito por Charles Atlas. O intuito de transformar homens “raquíticos”, “gordos e balofos” para “começar viver de verdade”, na promessa de se transformarem em novas pessoas, homens mais viris e fortes, com as instruções do livro.

Mas o que tem de mais especial nesse produto no que dos outros? O escritor desenvolveu a “tensão Dinâmica”, que se baseia em métodos simples e naturais, que qualquer um pode praticar em casa, em apenas 15 minutos diários. Charles Atlas usa um termo para resumir essa tensão em “energia viril”. Para ressaltar mais ainda propaganda, ele usa o Thomas Manfre (ele esta na fotografia), que recebeu o troféu campeão Atlas pelo seu corpo e milhares que adquiriram esse produto ficaram igual ao Thomas e ainda afirmava que “poderia mudar o curso de sua vida”.





Vanessa Caroline Segredo, aluna do 4º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo Rocha Netto.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Saúde pública ou exagero?


Dia 29 de janeiro de 1946, o então Promotor Público da Comarca, Dr. Hamilton Dragomiroff Franco, iniciou um inquérito referente a uma garrafa de vinho tinto chileno da marca “Vinex Carbenete”, adulterada no Hotel Roxy.                                                                                             
                                                                                                                                           Hamilton pediu a bebida para acompanhar o jantar que estava realizando com o estudante Rodolpho Camargo, que era seu convidado. Após o garçom Sebastião de Vieira de Assis o servir, Hamilton percebeu um forte gosto e cheiro de mentol, substância que não deveria ser encontrada na bebida.

Com a justificativa de ser um caso de saúde pública, o inquérito foi aberto e a garrafa foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz, Laboratório Central de Saúde Pública do Estado, para ser examinada.

Enquanto isso a investigação realizada pela Delegacia de Polícia de Piracicaba não conseguiu encontrar a fonte da adulteração, uma vez que o então responsável pelo Hotel, Mauro de Lucca Filho, informou aos oficiais que a bebida havia sido adquirida por meio da engarrafadora “Buenos-Ayres”, cuja empresa alegou não ter relação com o ocorrido.
“[...] podendo o declarante afirmar que o vinho que importa é engarrafado do módo que recebe, pois, o declarante está trabalhando nesse ramo de negocio há dezoito mêses e nunca teve nenhuma reclamação [...]”

Os resultados dos testes comprovaram que o vinho realmente era adulterado e que a quantidade de mentol era alta. Sendo a conclusão que o produto era “improprio para o consumo por estar em desacôrdo com os regulamentos em vigôr”.

O juiz desconfiou que o proprietário do Hotel, Mauro de Lucca, possa ter aberto a garrafa anteriormente e então substituído o conteúdo. Mauro foi intimidado diversas vezes a prestar depoimentos, mas por supostos motivos de saúde mudou-se para São Pedro, então não comparecendo a delegacia piracicabana.

Por fim em 29 de setembro de 1949, decidiram arquivar o processo, sem futuros desdobramentos.




Roberto Carlos Habermann, aluno do 6º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo do Fórum.



terça-feira, 15 de outubro de 2019

CAAPI em Santa Terezinha


No dia 08 de Outubro de 1967, o jornal “O Diário de Piracicaba” publicou uma matéria sobre a Campanha de Alfabetização de Adultos de Piracicaba (CAAPI). A campanha no bairro estava em atividade há 40 dias e contava com 70 alunos, entre a maioria adulta, disposta em quatro salas sendo dividida por sexo, idade e trabalho para um trabalho mais homogêneo dentro da sala.  O Grupo Escola João Batista Nogueira contava com secundaristas e universitários para ensinar as pessoas à leitura e a escrita, além de ensinar-lhes a fazer contas e também um ensino básico em história.

           Todos os tipos de pessoas frequentavam o CAAPI do bairro, dentre eles, cortadores de cana que sacrificam três e às vezes 4 horas de um descanso necessário para se dedicarem ao aprendizado.  Sr. Antônio, o zelador, se encontrava todos os dias com os professores e alunos, quatro vezes por semana na porta do grupo.



André Bellaz, aluno do 8º semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo O Diário.


segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Os donos cantadores da palavra

Os cantadores, em suas andanças pelo Nordeste, cantavam versos pelos sertões, acompanhados de uma viola ou rabeca, usando, muitas vezes, tons de ironia em suas falas “autênticos comentaristas da nossa vida primitiva”.

Compositores de muitos materiais folclóricos, cantando por horas intermináveis de improviso e poesia sertaneja, tem sua história registrada nessa matéria por Leonardo Mota, pesquisador dedicado aos cantadores e ao folclore e que os conheceu com intimidade “convivendo com eles de igual para igual”.

“Tem duas coisas no mundo
Que eu nunca pude entendê:
É Pade i pro inferno,
Outra é Doutô morre.
Avoa, meu caboré,
Penera, meu gavião,
Palmatora quebra dedo,
Palmatora faz vergão,
Quebra os osso e quebra a carne
Mas não quebra opinião!”

- Versos de Anselmo, “analfabeto, sempre fez versos influenciado pelos desafios e cantigas que ouvira em sua meninice”, foi o mais famoso vate matuto da região do norte do Ceará.

Esse material pode ser pesquisado no acervo João Chiarini, em sua Hemeroteca. Nela pode ser encontrado panfletos de festas folclóricas, artigos e muito mais sobre o tema.

Nathália Cristina da Silva, aluna do 6º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.


segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Dentro do mundo gay


No dia 29 de agosto de 1981, em um sábado, o jornal “Diário de Piracicaba” comentou sobre o filme “Parceiros da Noite”, dirigido por William Friedkin e atuado pelo ilustre Al Pacino.

O começo do artigo conta como os americanos enxergaram o filme, por tratarem de temas polêmicos da época, como a homossexualidade

“(...) historicamente o primeiro filme de Hollywood a abordar – sem eufemismos – o tema do homossexualismo masculino”. Os outros filmes quando relatam esses casos tratam com delicadeza para “não ofender a sensibilidade das plateias”.

O artigo também ressalta que a comunidade gay era a segunda minoria dos Estados Unidos, depois dos negros, por isso eles também eram responsáveis pela circulação da economia cinematográfica.

O filme é baseado em fatos reais  em que vários assassinatos perversos contra homossexuais ocorreram em Nova York. O personagem principal, interpretado por Al Pacino, é um policial que está a procura do assassino e no final ele vive diversas experiências até encontrar o culpado.

Por toda via, no final do artigo, o jornalista traz seu argumento sobre o filme, relatando que a narrativa é frouxa, a linguagem crua, cenas extremamente violentas e não convence ninguém da sua superficialidade. O artigo conta um pouco como a homossexualidade é vista e julgada na década de 80, precisamente nos filmes.

Vanessa Caroline Segredo, aluna do 4º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo “O Diario”.




segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Há 50 anos o XV era Campeão


No segundo semestre de 1969 o XV de Piracicaba se sagrou campeão da segunda edição da Copa Brasil Central, campeonato que reunia clubes de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, organizado pelas confederações estaduais e pela Confederação Brasileira de Desportos (Atual CBF).

O torneio contava com 10 times e era disputado no sistema de pontos corridos, com todos se enfrentando em seus domínios.

O XV estreou no Barão da Serra Negra contra o Clube Recreativo e Atlético Catalano - CRAC vencendo pelo placar elástico de 5x0. Partida que credenciou o time piracicabano como forte candidato ao título já na primeira rodada.

Com uma campanha consistente e regular, o XV conquistou o título com um total de 25 pontos, tendo nove vitórias, sete empates e apenas duas derrotas, com 32 gols marcados e apenas 13 sofridos. Em segundo ficaram empatados Goiás-GO e Uberlândia-MG com 23 pontos cada.

A última partida foi um duelo contra o América-SP em Piracicaba, que teve o campeão vencendo a partida por 3x1.




Roberto Carlos Habermann, aluno do 6º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo Rocha Netto.


segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Tentando romper a submissão


O jornal Movimento de agosto/setembro de 1979 anunciava que as trabalhadoras metalúrgicas de São Paulo estavam organizando o seu primeiro congresso com o objetivo de discutir as más condições de trabalho.

“A remuneração maios baixa para a mulher pelo mesmo serviço feito pelo homem, burla da lei que não permite à mulher trabalhar no período noturno, desrespeito a mulher grávida e o difícil acesso à profissionalização pela trabalhadora metalúrgica, são alguns dos temas que serão debatidos no 1º Congresso da Mulher Metalúrgica de São Paulo.”

“Até agora, cerca de 300 trabalhadoras já confirmaram sua presença, mas a expectativa é de que o comparecimento ultrapasse 500 pessoas.”

A ideia das idealizadoras do evento era, além de debater temas relevantes para a emancipação da mulher operária, aumentar o número de mulheres sindicalizadas em São Paulo.

Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo Jornal Movimento.




segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Fan-Cine


Nem só de futebol o acervo do Rocha é feito. É de conhecimento geral que Rocha Netto era fã de cinema, em especial filmes de faroeste. Ao longo dos anos colecionou material cinematográfico como revistas, fotos. Uma das revistas que pode ser encontrada em seu acervo é a Fan-Cine.



A revista tratava de curiosidades do cinema, biografias de atrizes e atores, trilhas sonoras, HQ´s.




Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Vamos medir a beleza


O Jornal Última Hora, edição estadual de São Paulo, publicou na quarta-feira, em 3 de junho de 1964, um especial chamado “Uh Revista”,  voltado às questões culturais e sociais brasileiras do período. Intitulado “Vamos medir a beleza”, na sessão Uh Feminina, uma matéria nos apresenta os ideais de beleza e do corpo para as mulheres na década de 60, disponibilizando uma tabela de pesos e medidas em faixas etárias específicas para que as mulheres pudessem se avaliar.


No decorrer da matéria, encontramos um importante acréscimo, que diz respeito ao equilíbrio entre as linhas do corpo e as proporções ideais para cada mulher. Recomenda-se, inclusive, que após os 40 anos a mulher não deve ser muito magra, pois isso facilita o aparecimento de rugas.

Mais orientações são dadas e a etiqueta torna-se uma recomendação da matéria, que orienta as mulheres de como se comportarem em um jantar, acompanhadas, por exemplo, de um rapaz.

“Você e seu acompanhante pediram pratos diferentes. Chega o seu, um pouco antes do dele, está com o prato servido à sua frente. Vai ficar esperando até que o dele apareça? Não. Comece a comer com certa calma, mas faça-o. [...] Se demorar um pouco mais, trate de coloca-lo à vontade e pedir que coma.”


Nathália Cristina da Silva, aluna do 6º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo “Jair Toledo”.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Congresso da UNE em Piracicaba



Congresso da UNE em Piracicaba

O Jornal Movimento circulou na época da ditadura militar no Brasil, e em sua publicação de outubro de 1980, publicou a entrevista com os lideres de um dos movimentos estudantis, a UNE - União Nacional de Estudantes, com intuito de saber as propostas dos líderes e as mudanças que iam gerar. O congresso da UNE ocorreu em Piracicaba.


A finalidade da entrevista era voltada  a conhecer os novos líderes: Aldo Rebelo, Paulo Massoca, Valério Arcary, Alon Reuerwercker, Levi Carneiro, Pablo Magnoni, Jairo Guerman, Frederico Pessoa, Cândido Vacareza. 

Paulo Massoca, que era o ex-candidato a presidente do grupo estudantil pela chapa unidade, falou sobre a importância das eleições para a diretoria da UNE ser com a participação direta dos estudantes, “é uma forma de desmoralizar a ditadura, pois os estudantes realizam eleições diretas e o regime não”, falou também sobre a atual gestão e como a UNE e a greve de 1 milhão de estudantes fortaleceram  os alunos contra a ditadura.  


Um dos grandes temas que circulava no congresso era se deveriam se juntar a UIE- União Internacional dos Estudantes, e o que eles poderiam trazer para a UNE. Massoca defende que deveriam se juntar a UIE e também com a OCLAE - Organização latino-americana, visando fortalecer a unidade e ajudar a paz mundial.


Vanessa Caroline Segredo, aluna do 4º semestre do curso de História.
Pesquisa realizada no acervo Jornal Movimento.