Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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terça-feira, 25 de abril de 2017

CAP- Clube Atlético Piracicabano





O CAP (Clube Atlético Piracicabano) foi fundado em 1914 em Piracicaba por funcionários da Socièté Sucrerie Bresiliense, de origem francesa, e seu primeiro nome foi  Associação Atlética Sucrerie. Na década de 1940 devido a uma lei nacionalista, foi rebatizado de Clube Atlético Piracicabano, nome utilizado atualmente. Tendo as cores azul, vermelho e branco, é um dos mais tradicionais clubes amadores piracicabanos.

Participou do campeonato paulista da segunda divisão nos anos de 1948 a 1953 e na terceira divisão em 1976. O clube revelou muitos talentos do futebol como o jogador Mazzola que integrou a equipe campeã de 1958 no Chile, trazendo o titulo de Campeão Mundial pelo Brasil.

No ano de 1957 o CAP conquistou a posição de tetracampeã de futebol amador de Piracicaba com Humberto D´Abronzo na presidência do clube.

Maycon Costa, estudante do 3º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto






segunda-feira, 17 de abril de 2017

Processos do fórum e os casos de violência doméstica em Piracicaba no início do século XX

Pouco mais de 94 anos atrás, um processo envolvendo o nome de Frederico Renzi, no qual sua mulher D. Amalia Renzi, era a requerente, dava início a um ano turbulento para o casal. Este processo, datado do dia 3 de fevereiro de 1923, era um pedido de interdição por parte de D. Amalia, que foi ameaçada pelo marido, “devido a ciúmes”, com quem era casada por 19 anos. De acordo com o que foi relatado ao escrivão, o casal tinha uma vida tranquila, até que “inexplicavelmente”, Frederico começou a agir de maneira descontrolada, com ciúmes além do normal e com atitudes violentas, que fizeram D. Amalia pensar que seu marido estava com o “juízo abalado”. 

Certo dia, o marido a levou para o quarto do casal, e armado, ameaçou-a a confessar seu adultério com mais de trezentos amantes, ou seria morta por ele. Segundo Frederico, ela o traía desde o início do casamento, e nenhum dos seus 8 filhos, incluindo o que estava no ventre de D. Amalia naquele momento, não eram dele. A pobre mulher “ouviu então seu marido acusá-la das culpas mais inverossímeis, culpas que precisou confessar, porque não havia como fugir, e seria loucura resistir a um louco”. Após esse dia, visto que Frederico já não estava mais dentro das suas faculdades mentais e apresentando ciúmes a nível patológico, D. Amalia teve de fugir de casa, para não ser assassinada pelo marido.

Apesar das ameaças sofridas, refletindo um pouco no que ocorre atualmente em vários processos de agressão à mulher, no processo de interdição assinado por D. Amalia Renzi, ela afirmava que esperava a cura do marido, através dos devidos exames e tratamentos necessários, para que ela pudesse voltar com ele, sem os transtornos mentais que começou a apresentar.

No arquivo do Fórum ainda é possível encontrar mais dois processos que Frederico Renzi foi requerido, também do ano de 1923, correspondentes de uma cobrança de dívida e devido a problemas mentais do indivíduo, que também devia uma quantia de 100 contos de réis a um lavrador.

Thaís Passos da Cruz, aluna do 5º semestre de Jornalismo da UNIMEP. Pesquisa realizada no acervo do Fórum.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Falam as vítimas do Terror Policial

No acervo do Jornal “O Movimento”, periódico de esquerda que circulou durante parte do período de Regime Militar, é sempre presente críticas e denúncias de abusos de poder cometidos pelos militares e pela força policial do país, abusos esses intensificados durante o Regime Militar.

Porém, nesse texto, o que pode ser encontrado são depoimentos de vítimas da repressão policial ocorrida durante o Estado Novo (1937 – 1945).



A matéria trata-se de um compilado de trechos dos depoimentos de presos torturados no período citado, depoimentos esses prestados a CPI de 1947 “que pretendia, com seu trabalho, contribuir para que aqueles atos nunca mais se repetissem”.

Os depoimentos são de seis militantes cujos nomes se tornaram alguns mais conhecidos que os outros, e são eles: Olinto Semeraro, Carlos Marighella, que em seu depoimento cita também o discurso de João Mangabeira, João Alves da Mota, David Nasser e Luiz Carlos Prestes.

No trecho do depoimento de Olinto Semeraro ele nos conta:
 “Vi uma criança com três anos de idade, e soube que um senhor Caruso era acusado, como integralista, de ter colocado bombas na polícia central e estava desaparecido – exilado dizia-se – na embaixada portuguesa. Um investigador perguntou à esposa de Caruso se sabia onde estava seu marido. Como disse ela que não sabia, o investigador, apelidado de Buck Jones, ameaçou queimar a criança com um charuto. Protestaram as pessoas que se encontravam na sala (...) mas a ameaça foi levada a efeito (...)”

Em outro trecho o jornalista David Nasser cita um depoimento tomado para seu livro “Falta Alguém em Nuremberg”, depoimento dado pelo comandante do ataque integralista ao Palácio da Guanabara em 1938, Severo Fournier:

“Fournier ficou em uma cela úmida, até que ficasse bastante gripado, depois foi colocado num lote de tuberculosos que morreram meia hora antes, no mesmo lençol, cheio de hemoptises etc. Contraiu então a tuberculose, na prisão. (...)”


E ainda finalizando a matéria temos o depoimento de Luiz Carlos Prestes, então senador pelo Partido Comunista, ex-militar e líder da conhecida “Coluna Prestes”, onde ele diz:
 “(...) Eram operárias, inclusive mulheres – pois ouvia os gritos pela janela do meu quarto, através do qual, olhando enviesado, se percebia a garagem da Polícia. Ali todas as noites, desde as 10 ou 11 horas até alta madrugada, às 2 ou 3 horas da manhã, se ouviam e viam as mais degradantes cenas de espancamento, provocando gritos dolorosíssimos. (...)”


Esse e outros temas relacionados ao jornal “O Movimento” podem ser pesquisados no acervo do Espaço Memória Piracicabana no Centro Cultural Martha Watts.


Guilherme Erler Pedrozo, aluno do 3º Semestre de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo Jornal O Movimento.





segunda-feira, 3 de abril de 2017

Cânticos

A música judaica constitui uma herança cultural de quase 5800 anos e vem se transformando constantemente.

Na Bíblia em uma de suas histórias podemos perceber a importância dos cânticos, porque Davi após derrotar o gigante filisteu Golias, toca uma música para acalmar os ânimos do Rei Saul. A Davi também se deve os salmos bíblicos.

No livro a “Destruição de Jerusalém por Tito”, é composto por 12 cânticos que contam como aconteceu a guerra. Tito foi um importante imperador romano e durante seu império houve a conquista de Jerusalém e também a finalização da construção do Anfiteatro Flavio também conhecido como Coliseu.

Abaixo alguns cânticos do livro:








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Fábio Barros Martins, aluno do 5º semestre de Publicidade e Propaganda da UNIMEP
Pesquisa realizada no Acervo João Chiarini.