Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Jornal "O Movimento" em 1980



Em 1980 o Brasil vivia um momento de abertura política, com um regime militar já enfraquecido, acompanhado de uma forte crise econômica.



O jornal “O Movimento” de Abril/Maio de 1980 trouxe em sua capa uma ilustração do líder sindical Luis Inácio Lula da Silva, preso em uma das greves na cidade de Santo André/SP.

Uma das matérias intitulada “Como o tiro saiu pela culatra” relatava o fortalecimento da greve após a prisão do líder sindical.


Além de matérias que se opunham ao governo, havia matérias sobre a classe operária no Brasil e informações sobre movimentações da esquerda pelo mundo e América latina.


Durante a crise econômica que o Brasil viveu durante os anos 80, o jornal criticou a postura do governo que lançou um pacote econômico atingindo a classe trabalhadora.



Na última página do periódico, uma coluna de humor chamada “Corta Essa” satirizava sobre variados assuntos.







Adriano Zaulkauskas, aluno do sétimo semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo O Movimento.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Acervo Rocha Netto integra exposição do Museu do Futebol


Materiais do acervo do jornalista e ex-jogador Rocha Netto (1913-2003) integram a primeira Mostra itinerante do Museu do Futebol, em Piracicaba (SP). A exposição ‘Museu do Futebol na Área’ está instalada no Engenho Central e segue até o dia 20 de setembro com entrada gratuita.

Fotografia de Reinaldo Diniz

Fotografia de Reinaldo Diniz
Os seis estandes da mostra reproduzem os espaços do Museu do Futebol, instalado no Estádio do Pacaembu, na capital paulista. Segundo a organização foi feito um levantamento nos acervos do Museu para a escolha dos materiais que seriam utilizados.

Fotos relacionadas à história do futebol piracicabano, também estão expostos. Estes materiais fazem parte da coleção de diferentes acervos da cidade, entre eles, o acervo de Rocha Netto, localizado no Espaço Memória Piracicabana, no Centro Cultural Martha Watts (CCMW).

Rocha Netto



Gatão
Os documentos estão na Sala de Origens, que apresenta a trajetória da chegada do futebol no Brasil, no final do século 19, até os primórdios da profissionalização do esporte e da aceitação de atletas negros e mestiços a partir dos anos 20.


A presença do acervo nesta exposição ratifica o valor que o acervo Rocha Netto tem no meio esportivo piracicabano e brasileiro”, ressalta Joceli Cerqueira Lazier, coordenadora do CCMW, sobre a importância do material como parte da exposição.

Acervo RN

O acervo esportivo Rocha Netto foi formado a partir de 1919, e hoje é considerado um dos mais completos acervos sobre futebol do país e extensa fonte de pesquisa para estudantes, jornalistas, historiadores, esportistas e demais interessados.

Sua formação teve como objetivo fundamental resgatar a história do futebol e a trajetória dos grandes jogadores do passado. É composto por uma coleção de 50 mil fotografias sobre futebol, anotações sobre os clubes nacionais e internacionais, flâmulas, fichas técnicas de jogos e dados biográficos de atletas. Os livros, as coleções de jornais e revistas especializadas existentes no acervo somam 30 mil textos.

Serviço - Exposição itinerante Museu do Futebol na Área – Piracicaba. Data: 15 de agosto a 20 de setembro de 2015. De terça a sexta, das 9h às 17h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h. Parque Engenho Central – Armazém 14-A (Av. Maurice Allain, 454 – Piracicaba).

Centro Cultural Martha Watts. De segunda a sexta das 9h às 17h. Rua Boa Morte, 1257 - Centro Piracicaba. (19) 3124-1889. ccmw@unimep.br

Reinaldo Diniz,  aluno do sexto semestre do curso de Jornalismo da Unimep.



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Primórdios da Festa do Divino


Em meio aos debates sobre cultura popular que acontecem em Piracicaba com o 7º Fórum das Tradições Populares, contribuímos um pouco com o acervo de João Chiarini e o que ele pode nos contar sobre o folclore da cidade. Em seu material encontramos textos sobre a origem da Festa do Divino. Em uma cartilha publicada em comemoração ao 214º aniversário de Piracicaba, a história da festa do divino é contada:
Cartilha comemorativa do aniversário de 214º de Piracicaba. 

“A folia do Divino, em Piracicaba, data de 1826. Um grupo composto por um violeiro-canturião, caixeiro, adufista, tocador de triângulo, badeireiro e esmoler, percorria a zona urbana e rural, recebendo moedas e donativos em espécie. Miguel Arcanjo Benício da Assumpção, o Miguelzinho, pintou um bando precatório, em documento exposto atualmente em Itu, S.P.

Da folia do Divino, o dinheiro recolhido ia para a Igreja da Matriz, e as prendas eram destinadas ao leilão. (...) Os festeiros da Igreja, ou Comissão da Igreja, seus auxiliares, o alferes da Bandeira e os mordomos não mais recebiam a Folia do Divino em terra, mas na água, no primeiro cortejo no leito do rio (quem teve a ideia de promover o encontro das bandeiras no rio foi Viegas Muniz, em 1826).(...) O Encontro no rio, além do visual, trouxe novos elementos: o largo da Igreja Matriz, partiam os arcos de bambu, cheios de bandeirolas, em amos os lados dos passeios, prolongando-se até o Pouco dos Irmãos do Rio-Abaixo, na altura da ex-olaria Elias Cecílio.

(...) Nos primeiros Encontros apresentavam-se descalços. Dessa fase restam os remos de palas brancas tendo um desenho da pomba em vermelho. Os cabos também, em cor vermelha. (...) Dependendo do volume de água, em outro ano, o Encontro deu-se em julho, assim o 7 de julho de 1944 deu-se em pleno inverno. Os festeiros foram Ettore Braz Capranico e senhora. O cururu foi introduzido na Festa do Divino por Mario Lordello, que em 26 de março e 16 de dezembro de 1933, organizou-os no pavilhão de patinação que a cidade mantinha na época, denominado` Meu Rinque`”.

O texto continua explicando os primórdios da festa em Piracicaba, com o samba-lenço e outras danças. O Centro de Folclore de Piracicaba, na época presidida por Chiarini, já chegou a organizar muitas festas, como em 1972:

“(...) numa sexta-feira, o leilão do Largo dos Pescadores, ex-do Porto, foi feito no salão de festas do Clube de Regatas de Piracicaba; e no domingo daquele ano (1972), o tempo foi reservado para festanças; Folia do Divino, Cateretê, Cana Verde, Samba-Desafio, Samba-lenço, Samba-Roda, Congada, Dança dos Tangarás, Batuque, Arrasta-pé e Modas de Viola, organizada pelo Centro de Folclore de Piracicaba (...).”

O acervo João Chiarini é composto por um rico material sobre cultura popular. Aqui no Espaço Memória temos todo o registro do Centro de Folclore, além da Hemeroteca montada por Chiarini, com artigos, folhetos, pôsteres de eventos folclóricos em Piracicaba e região.

Detalhe da Cartilha"As Tradições Paulistas - A Festa do Divino" que fala  como a festa acontece em diversas regiões do Estado de São Paulo. 



Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

XV contra São Paulo F.C. no Barão


Em 1974, o E.C. XV de Novembro não conseguiu classificação para a divisão especial. No mesmo ano chegou a enfrentar, aqui em Piracicaba (SP), um dos grandes clubes da Capital:  o São Paulo F.C. Neste amistoso, o Nhô-Quim acabou derrotado por 2 a 1 pela equipe adversária, que possuía em sua escalação jogadores que fizeram história no futebol brasileiro, como o goleiro Waldir Perez.


O acervo Rocha Neto possui relatórios de todas as partidas da história do XV e, nestas anotações, possuem as escalações das equipes, renda, resultado parcial e final, e outros detalhes da partida. No amistoso de 74, a escalação pode ser conferida abaixo:


No acervo Rocha Neto também é possível conferir as fotos da partida.






Adriano Zaulkauskas, aluno do sétimo semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Meninice: livro do acervo de João Chiarini


 “Meninice” é um livro de 96 páginas que possuiu 44 pequenas histórias escritas por Luís Gonzaga Fleury. Esse, entre outros livros, pertence ao acervo do João Chiarini, do Espaço Memória Piracicabana.

"A ‘Aroeira e a laranjeira’ é um dos contos encontrados no livro que me chamou bastante a atenção:
 Á margem de uma estrada, cresciam, lado a lado, duas árvores: uma aroeira e uma laranjeira.
Quando a laranjeira estava carregada, os garotos vadios atiravam-lhe pedras e malhavam-na com vara para derrubar as laranjas.
A pobre árvore, ao fim de poucos dias, ficava com galhos quebrados e quase desfolhada.
Vendo-a nesse estado, disse-lhe, orgulhosa, a aroeira:
- Você é uma infeliz! Não é respeitada como eu.
-É verdade, respondeu a laranjeira. Mas você deve saber que só se atiram pedras ás árvores que produzem bons frutos. E eu prefiro ser apedrejada, produzindo-os, a ser desprezada por só ter frutos maus." Trecho do conto


No final de alguns contos, o leitor encontra dicas de como desenhar um animal, como por exemplo, um passarinho voando, um coelho e um gato.


Daniela Boaventura, aluna do sexto semestre do curso de Jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.