Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Jovens e adultos prestigiam o Rei


É evidente notar que as músicas do cantor e compositor Roberto Carlos sempre estão presentes, seja assistindo telenovelas ou ouvindo as rádios. Desde que iniciou sua carreira, em 1959, suas músicas “nunca saem de moda”.

Há 23 anos, o ‘Rei’, desembarcou em terras piracicabanas, especificamente no Ginásio Municipal ‘Valdemar Blatskauskas’, trazendo seu romantismo.

‘Outra vez’ e ‘Cavalgada’ foram alguns dos seus sucessos que o público pôde conferir. No show, cinco horas antes do início o público já formava filas, o cantor demonstrou simpatia, surpresa e uma “calorosa recepção”, conforme informou o jornal ‘O Diário’.

Segundo o matutino, “o público do cantor é predominante de pessoas que viveram a jovem guarda, mas presença de jovens foi marcante. Provando que o cantor está sempre se renovando”.

Após o show, que durou cerca de duas horas, Roberto Carlos deixou o ginásio num Opala Comodoro.



Reinaldo Diniz, aluno do sexto semestre do curso de Jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo do jornal O Diário.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Jorge Amado: Vida de Luis Carlos Prestes “O cavaleiro da esperança”




Escrito em Buenos Aires, de dezembro de 1941 a janeiro de 1942, o livro de Jorge Amado “Vida de Luis Carlos Prestes, o Cavaleiro da esperança”, é considerado uma de suas grandes obras. Expoente de sua luta pela anistia, pela democracia, contra o Estado Novo e principalmente contra o fascismo, tal obra é calcada por um discurso político em favor da liberdade de Prestes, considerado pelo autor como a maior vítima do Estado Novo.
Os exemplares da obra que chegaram ao Brasil circulavam de forma clandestina, chegavam sempre de acordo com as palavras do próprio Jorge Amado “de mão em mão”. Leitores ansiosos pelo livro usavam códigos para designá-lo dentre eles: “Vida de São Luis”, “Travessuras de Luisinho” entre outros, Amado afirma que havia até pessoas que viveram do aluguel de exemplares.



Acreditando na democratização do Brasil, Jorge Amado ressalta a importância da unidade nacional, em um momento de eleições presidencialistas, destaca a luta por “eleições livres e honestas, luta pela completa pacificação da família brasileira, por programas concretos que vejam a realidade do país, e as necessidades do seu povo”.
Luis Carlos Prestes foi chamado de Cavaleiro da Esperança pelo povo, se tornou símbolo de luta e resistência por um país melhor e mais justo. Os leitores da obra são convidados pelo autor a mergulharem na trajetória de vida de Prestes de forma profunda, e a sentirem o quão “amado” ele era por Jorge Amado, usando as palavras do autor “Falo dele com admiração, com entusiasmo e com fé. Não falaria sobre ele se não o amasse, não confiasse nele. Falo dele como um escritor do povo sobre um condutor do povo. Com liberdade e com amor”.



No tocante da obra, é possível observar a biografia de Prestes transformada em arma em favor da anistia e da democracia. Jorge Amado se preocupa em destacar os elementos políticos que fizeram parte da transformação histórica político-social do Brasil, afim de que o povo saiba da verdade e da importância da vida heróica de Luis Carlos Prestes. 




Silvana Meirielle Cardoso, aluna do sexto semestre do curso de História da Unimep.

Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O trauma da bola: a copa de 82 por João Saldanha


No acervo Rocha Netto, além de termos um grande acervo fotográfico e de periódicos, o acervo possui uma grande quantidade de livros voltados para o futebol, um deles chamado “O trauma da bola: a copa de 82 por João Saldanha” publicado em 2002 pela editora Cosac & Naify.
Em 14 de Junho de 1982, o Brasil estreou na copa do mundo e João Saldanha era correspondente do Jornal do Brasil neste período. O livro é uma compilação de artigos desta época.







Saldanha foi uma das maiores personalidades do futebol brasileiro, dono de um temperamento forte e sem “papas na lingua”,  foi técnico  da seleção nas eliminatórias da copa de 70, sendo demitido três meses antes do campeonato mundial por motivos politicos. Após sua demissão, passou a trabalhar como comentarista esportivo em TVs, rádios e jornais.



O Brasil estava eufórico perante uma das maiores seleções, desde a era Pelé e Garrincha, recheada de craques como Junior, Zico, Falcão e Sócrates.
Em um dos artigos publicados no livro intitulado “Um jogo de advertência”, de 20 de maio de 1982, Saldanha criticou ferozmente a seleção brasileira pelo empate contra a equipe da Suíça em jogo amistoso.



            Na Copa de 82, o Brasil derrotou a Espanha, União Soviética, Escócia, Nova Zelândia e Argentina em pouco mais de 21 dias. A seleção brasileira parecia invencível.
Saldanha manteve os pés no chão, contudo, parecia adivinhar o desfecho trágico para a seleção Brasileira: no dia 5 de julho de 1982 o time perdeu para a Itália por 3 a 2, e foi eliminada do campeonato mundial. Um dia após a derrota, Saldanha expressou toda sua indignação em um artigo intitulado “O limite da estupidez”.



Adriano Zaulkauskas, estudante do sétimo semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Petição de liberdade

No acervo do Fórum existem diversos processos alforria de escravos. Em um deles, de 1887, o Sr. Antonio da Costa Pinto e Silva, residente na cidade de Piracicaba, com 55 anos de idade, mineiro conforme a certidão de nascimento apresentada, atuou uma petição, requerendo a liberdade de seu escravo denominado nos autos do processo como “Antonio, escravo”.







A capa do processo foi refeita em 1889, pelo então escrevente F. França.






O processo contém a certificação do bem de liberdade de Antonio, escravo sendo que o pedido foi realizado sob o valor de duzentos mil réis.




 Silvana Meirielle Cardoso, aluna do sexto semestre do curso de História da Unimep.

Pesquisa realizada no acervo do Fórum.