Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Edição histórica da Revista Manchete


O acervo Rocha Netto tem muitas variedades de revistas esportivas e de cultura, como a Revista Manchete. No dia 21 de abril de 1960 a revista anunciava na capa


O dia foi marcado pela entrega do símbolo da nova sede do governo e capital do Brasil para Juscelino Kubitschek. As comemorações também tiveram apresentação de esquadrilha da fumaça e diplomatas de diversos lugares do mundo



Brasília teve como arquiteto responsável Oscar Niemeyer, projetando o Planalto, O Congresso Nacional, a Catedral de Brasília.


No meio da revista a gente pode observar as propagandas de venda de lotes de terra ao redor da nova capital, ainda não muito povoada


Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

As primeiras reações ao desastre de Chernobyl


Em 30 de abril de 1986 o jornal “O Diário de Piracicaba” publicou diversas matérias sobre o acidente que aconteceu dia 26 daquele mês, na Usina Nuclear de Chernobyl, perto da cidade de Pripyat, então República Socialista Soviética da Ucrânia.

O jornal destaca o fato da rádio Moscou ter informado sobre o acidente na usina, chamando o ocorrido de um “desastre”. A rádio também alertou para o perigo do uso deste tipo de gerador de energia: “São aplicadas medidas drásticas para garantir o funcionamento e a segurança dos reatores nucleares. Apesar disso, segundo nosso observador, este acidente e muito outros ocorridos em instalações atômicas de países ocidentais demonstram que a aplicação de poder nuclear, mesmo com fins pacíficos, pode ser perigosa”.

Algo que chamou a atenção para a gravidade do ocorrido foram os soviéticos terem entrado em contato com cientistas da Alemanha Ocidental, pedindo “assessoria” para combater o incêndio que ocorria na usina. Também foi requerido o envio de técnicos para auxiliar no tratamento das vítimas do desastre.

Um consenso entre os cientistas do mundo inteiro foi o desconhecimento do que poderia ter causado tal acidente a princípio. A matéria reforça um artigo lançado pouco tempo antes que garantia a segurança das usinas e principalmente a segurança no caso de perca de refrigeração do reator. Em 1983 havia sido escrito um outro artigo pelo cientista Peter Bird onde o mesmo afirmava “um acidente com uma séria perda de refrigeração é praticamente impossível”. 

O porta-voz governamental da Polônia Jerzy Urban informou sobre o aumento dos níveis de radiação detectadas no país, entretanto garantiu que o “nível de radiação não se aproxima do que poderia representar uma ameaça para a saúde humana”. Entretanto nas regiões próximas da Usina Nuclear de Chernobyl o cenário era diferente. Milhares de pessoas foram evacuadas das proximidades, tendo sido estabelecida uma zona de segurança de 30 quilômetros em torno das instalações afetadas. 

A URSS informou que apenas duas pessoas haviam morrido no acidente e que a “situação de radiação” já havia sido normalizada. Com o decorrer do tempo, novas informações seriam divulgadas, e mais se soube sobre as causas do acidente e as consequências que tais níveis de radiação exposta traria paras as pessoas e o entorno da região.

Roberto Carlos Habermann, aluno do 5º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo “O Diário”.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Uma estreia sem seu autor



Em 1979 foi realizada a estreia das peças Rasga Coração e Papa Highite do dramaturgo brasileiro Oduvaldo Vianna Filho, conhecido como Vianinha.

De acordo com a censura do AI-5, instaurado no período de ditadura militar no Brasil, as peças eram de teor subversivo, sendo proibidas pelo Estado de serem apresentadas. Ilvaneri Penteado descreveu ao Jornal Movimento as peças: Papa Highite como a radiografia da América Latina, escrita em 1968, demonstra as heranças coloniais e implicações nas questões atuais da época como a subserviência dos governos ao imperialismo estadunidense. Rasga Coração, escrita em 1975, seria uma exposição dos erros de sua própria geração.

Vianinha falece no ano de 1974 no mesmo ano em que termina Rasga Coração, de câncer de pulmão, sempre preocupado com a profundidade de suas obras. Seus amigos de luta, Ferreira Goullart, e Armando Costa descreveram a trajetória do autor num trecho na última reportagem que deu antes de morrer “Acho que a responsabilidade do artista hoje é a da profundidade, e a tentativa desesperada de seguir o que disse Brecht: <>.

André Bellaz, aluno do 7º semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Movimento.


segunda-feira, 3 de junho de 2019

Estreia profissional do XV


No dia 10 de abril de 1947 que o XV de Piracicaba teve seu primeiro jogo da fase profissional do time. Infelizmente o XV perdeu de 4 a 2 para o Clube de Regatas Flamengo.
Foi um dia também em que o alvinegro estreava os novos refletores do campo, sendo o primeiro jogo noturno do time no profissionalismo, depois de meses sem as luzes no estádio.

“O cortejo teve início às 21h, com a saída do Flamengo. Aos 14 minutos, coube ao meia-esquerda Tião, completando um centro de Adilson, vencer pela primeira vez as redes piracicabanas, estabelecendo 1 a 0. Quando faltava um minuto para terminar a primeira fase, o mesmo jogador, Tião, com chute à meia altura vencia o arco de Bita, terminando essa fase com 2 a 0 pró-Flamengo.”

No entanto, depois de algumas mudanças técnicas no time do Flamengo, chegou a vez do XV diminuir a diferença no placar com um gol de Idiarte. Logo depois, Tião e Adilson marcaram mais dois gols para o Flamengo.

Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.