Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

JOGADOR PEIXINHO



                                             PEIXINHO 
                                                                        
         Quem já ouviu falar de Arnaldo Poffo Garcia? 
               Se lembrarmos do ex-ponta direita  que marcou o primeiro gol no Morumbi em 1960, 
talvez  fique mais fácil...
     É o jogador Peixinho – autor do gol que conhecemos como “gol de peixinho” que assim ficou conhecido em homenagem ao jogador e pela forma como esse gol foi executado (com o corpo praticamente esticado parecendo um peixe) -, que marcou presença no Centro Cultural no dia 10/06 numa roda de conversa juntamente com o Professor e Doutor em História Uassyr de Siqueira, Adriano Costa (SESC) e Fernando Galvão da Assessoria de Imprensa do E. C. XV de Novembro.



     Fernando Galvão - Uassyr Siqueira - Adriano Costa - Peixinho          
                                                  

      O bate-papo rolou entre os integrantes da roda e a platéia num tema que “passeou” por toda a história do futebol durante o século XX.

Adriano Costa - Rui Fernando- Viviane Adorno











quarta-feira, 16 de junho de 2010

ACERVO DO FÓRUM



       O acervo do fórum, que também está arquivado no Espaço Memória, contém 13.407 processos datando estes de 1801 a 1946. Esta documentação é composta das mais variadas ações, entre elas processos crimes, inventários de bens, inquéritos e ações executivas.
         O texto que se segue, foi escrito por Alline Cristina Basso que é formanda em História pela Unimep.
       Com a finalidade de enriquecer e comprovar seus argumentos em sua monografia sobre a História das Mulheres, Alline pesquisou diversas histórias guardadas nos processos. Uma das histórias ela compartilhou com  o blog.
  Uma história e  um processo 
          Era 1904, o trato de casamento entre Benedicta e Camillo era conhecido. Até mesmo a vizinhança conhecia o trato, ainda mais quando, por vezes, viam Camillo visitando Benedicta em sua casa.
          As visitas freqüentes a casa de Benedicta faziam com que se acreditasse, cada vez mais, na promessa de casamento feita por Camillo. Com isso, passado 3 meses, o trato de casamento se mostrava “firmado”. Confiando em Camillo a mãe de Benedicta passou a permitir que passeassem a sós pelas ruas da cidade.
       Em um desses dias de passeio, Camillo teria “abusado do trato” e convidado Benedicta para ir em sua casa. Ameaçando romper o trato, Camillo “forçou” Benedicta ter com ele “relações ilícitas”.
    As relações se mantiveram de Dezembro à Janeiro, quando Benedicta, enfim, percebe que estava sendo enganada e então resolve dar queixa contra sua ‘desonra’. O exame de corpo delito, além de confirmar a ‘desonra’, detectou uma infecção originária de uma “cópula infectante”.  
    Acreditando na culpabilidade do réu, o “doutor juiz de direito” encarregado, manda que “qualquer oficial” se dirigisse a “qualquer parte desta comarca onde se pudesse encontrar o réu” e que o recolhesse à cadeia pública desta cidade.
    Histórias como esta aqui descrita se tornam referências fáceis, recorrentes no imaginário popular, sobretudo dos mais antigos.  Ouvindo tal história, não é difícil se lembrar das histórias contadas por “ouvirem dizer” dos mais vividos, das músicas caipiras, dos filmes que nossos pais assistiam, dos vários livros de romance... 
    Entretanto, a história de amor contada acima, não é fictícia. A história foi reconstruída a partir de um Processo-Crime de Defloramento do Tribunal Judiciário de Piracicaba. É com leitura difícil, com muito esforço durante o processo de pesquisa, que podemos reconstruir histórias assim, vividas por protagonistas do tempo passado. E, neste sentido, histórias iguais a essa podem ser emprestadas dos arquivos judiciários (que a tornou pública) para emergirem, enquanto fontes para uma pesquisa histórica, pois são, sobretudo, testemunho de uma época.  
    É fonte histórica para se entender tanto o jogo jurídico de tal época analisada, ou as relações entre os gêneros homem e mulher de Piracicaba, e outros infinitos ‘objetos’ de estudo que podem ter origem com ela. Mas, ai vem um alerta, não podemos ser simplistas e não se dar conta das várias versões de uma mesma história que pode estar presente em um mesmo processo. Pois não podemos descartar evidências que provam um mesmo acontecimento como experiência vivida e entendida de maneira diferente por pessoas diferentes. Não se trata de procurar o certo e o errado. Não existe, não existiu, e não existirá uma forma única e certa para as relações de amor e suas formas de amar.
ALLINE CRISTINA BASSO
06/06/2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

O texto que se segue foi gentilmente cedido por Angela Rodrigues, jornalista da Unimep que teve a honra de trabalhar com nosso saudoso Rocha Netto.

Tributo à Rocha Netto

Se estivesse vivo, no próximo 9 de junho, o jornalista Rocha Netto completaria 97 anos. Nascido em Itu, em 1913, ele veio a Piracicaba em 1919. A partir desse ano e ao longo de sua vida, Rocha Netto criou e organizou um dos mais completos acervos de fotos e informações sobre futebol. O jornalista morreu no dia 23 de agosto de 2003, em Piracicaba. O acervo que criou atualmente está sob os cuidados e preservação do Centro Cultural Martha Watts. Para homenageá-lo, reproduzo algumas das frases ditas por ele, em entrevistas e outras ocasiões do período em que trabalhamos juntos.

“O A Encarnado foi desenhado por um estudante da Escola de Agronomia. Eu apenas batizei de A Encarnado porque antigamente, quando se referia ao time de basquetebol, futebol e outros esportes que jogavam pelo Brasil afora, ele era tratado de “o time dos estudantes”, “o time da Luiz de Queiroz”, “os rapazes da Agronomia”. E eu achei então muito mais importante achar um slogan curto... E foi aí que ele nasceu”.

“Quando comecei o meu arquivo, em 1919, recortava fotos e figurinhas em balas de futebol, revistas e ia recortando. A pergunta que você fez agora, todo mundo faz. Se eu achava que o meu trabalho de criança ia se transformar, resultar nesse gigante que você está vendo? Nunca esperei, fiz sem interesse nenhum, só por gostar de trabalho”.

“Os jornais de São Paulo, revistas, quando precisam, se falta uma foto na redação, eles dizem: Telefone para o Rocha Netto, ele manda para a gente”.

“Pra mim, uma foto do infantil vale tanto quanto uma da seleção brasileira. Tem gente que me deu foto há 50 anos atrás e pergunta: “Oh, Rocha, você ainda tem aquele retrato?”. “Eu tenho”. “Dá pra mostrar?”. Eu falo: “Num minuto”.

“Perguntaram quem achava melhor: Pelé ou Friedenreich? Falava: Para mim, são três nomes: Leônidas, Friedenreich e Pelé. E gostaria de não responder a pergunta”. “Ele pegou a foto dos três e falou: “Eu sou diretor do São Paulo e quero comprar um desses três jogadores aqui”. Qual é o time que o senhor torce?” Respondi: “Torço para o São Paulo FC”. “E qual dos três o senhor compraria?” Falei: “Friedenreich”. Aí, ele noticiou: “Novidades, senhores. Vocês sabiam que Friedenreich foi melhor do que Pelé? Ou que não foi Leônidas quem deu a primeira bicicleta. Vocês sabiam disso? Com as minhas perguntas, ele formulou as dele.”

sexta-feira, 4 de junho de 2010

João Chiarini

O folclore também é um assunto que "dá pano pra manga" no Espaço Memória...
João Chiarini deixou um fenomenal acervo para pesquisadores do folclore, ou para os interessados no assunto!!
Confira esta matéria elaborada pela TV Beira Rio em agosto de 2009 durante a exposição do acervo Chiarini que no mês do folclore marcou presença...


MATÉRIA SOBRE EXPOSIÇÃO JOÃO CHIARINI- JBR