Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Entre uma garrafa e outra de vinho, várias poesias


“Pálida. Magra. Cabelos loiros e longos. Surgia montada num cavalo branco... Uma fada.” Tomado de violenta paixão, Fagundes Varela foi um espectador assíduo do circo Equestre e Ginástico - Companhia Luande, principalmente porque Guilhermina, filha de Alexandre Luande, o dono do circo, deixou o rapaz encantado. Foi falar com ela e com o pai, pois queria se casar.





Correspondido, “aos vinte e oito de maio de mil oitocentos e sessenta e dois anos”, às seis horas da tarde, em casa, observando todas as particularidades do costume, receberam-se por palavras Luiz Nicolau Fagundes Varela e Álice Guilhermina Luande.
O circo partiu levando Fagundes Varela, desempregado, casado, em lua de mel. Veio se estabelecer em Piracicaba e Fagundes, um dos maiores expoentes da poesia brasileira, começou assim humildemente, recitando poemas de sua autoria, numa simples arena de circo.

Álice Guilhermina morreu alguns meses depois, não sem antes lhe dar um filho, Emiliano, a quem Fagundes Varela dedicou seu mais significativo poema “Cântico do Calvário”, uma das mais belas peças do período pertencente ao romantismo exacerbado, corrente literária que recebeu o apelido de “mal do século”.






Jéssica Polliani Coracini, aluna do oitavo semestre de jornalismo da UNIMEP.

Pesquisa realizada no acervo O Diário

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Será que valeu a troca?




No dia 28 de março de 1920, em Piracicaba, Panlimo e sua irmã foram alvejados por Antonio com um tiro de garrucha, em sua própria residência.
De acordo com as vítimas, Antonio chegou na casa por volta das nove horas da manhã para negociar um relógio por uma garrucha, que pertencia a Panlimo. O réu começou a examinar o estado da arma de fogo, abrindo o cano e retirando as balas, examinou a mesma e retornou as balas ao cano, mas ao fechá-la a arma disparou atingindo o braço direito de Panlimo e a perna de sua irmã.



Carmelina relata que o ocorrido foi um acidente casual e que não havia intenção de Antonio ferir os dois, pois eram muito amigos e o réu tomou alguns cuidados ao examinar a arma, como a distância entre ele e as vítimas.
Logo após o ocorrido Antonio contou o que tinha acontecido ao inspetor de quarteirão, este transportou as vítimas ao hospital mais próximo para serem medicadas.

Tiago Favaris, aluno do terceiro semestre de sistemas de informação da UNIMEP. Pesquisa realizada no Acervo: Fórum.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Literatura de Cordel!



No acervo João Chiarini existe uma enorme quantidade de livrinhos de Literatura de Cordel. Como escreveu Rosita Campos na abertura do Livro “Xilogravura popular: Cordel”, literatura de cordel é a “ expressão popular, a visão social, dos costumes, das tradições, dos sentimentos e do viver de nossa gente.”  


Cordel de Minelvino Francisco e Rodolfo Coelho Cavalcanti.
Cordel de Minelvino Francisco e Rodolfo Cavalcanti.
"Vida de Lampião Virgulino Ferreira gravada por Mestre Noza , Juazeiro, CE,  Brasil, 1962"
"Vida de Lampião Virgulino Ferreira gravada por Mestre Noza, Juazeiro, CE, Brasil, 1962"
"Vida de Lampião Virgulino Ferreira gravada por Mestre Noza, Juazeiro, CE, Brasil, 1962"

Cordel de Rodolfo Coelho Cavalcante.
Cordel de José Francisco Borges.
Cordel de Apolônio Alves dos Santos.

E para finalizar:

"O ABC da cachaça" - Apolônio Alves dos Santos.





Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Arte incandescente




Em 1961, o filme Bonequinha de Luxo foi marcado pela cena final: o beijo na chuva de Holly Golightly e Paul Varjak, interpretados por Audrey Hepburn e George Peppard. Esse e outros clássicos beijos da história da sétima arte são sem dúvida alguma de tirar o fôlego e causam nos espectadores uma forte emoção, seguida de abundante descarga de adrenalina na corrente circulatória, cujos efeitos estão perfeitamente comprovados pela experimentação e pela observação clínica. O impacto emocional é real, mas os romances produzidos para as telas do cinema são completamente ensaiados e técnicos.

George Peppard e Audrey Hepburn, em Bonequinha de Luxo. Fonte: Google  Imagens

O acervo Rocha Netto vai muito além de coleções sobre esportes. Como já foi até citado aqui no Blog em publicações anteriores, o jornalista gostava muito de cinema e assim colecionou um material riquíssimo sobre o tema. A revista Fatos e Fotos, edição do dia 5 de junho de 1965 (páginas 42 e 43), publicou uma pequena reportagem para ensinar os beijoqueiros de plantão como dar um beijo cinematográfico.

O beijo hollywoodiano teve um professor: Leon Charles, o mais famoso mestre da “arte de beijar”, que ensinou atrizes como Shirley Mac Laine, Lana Turner, Doris Day, Audrey Hepburn e Sandra Dee. Charles garante: “os homens acham orgulhosamente que não precisam de aulas nesse campo e, na hora do filme, apertam e amassam a moça toda, estragando um ‘take’. É preciso controle muscular e uma correção nos movimentos próxima da perfeição, para evitar, por exemplo, uma desagradável trombada de narizes.”

"O professor de beijo" - Revista F&F/fotos Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).




Jessica Polliani Coracini, aluna do oitavo semestre de jornalismo da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo: Rocha Netto