Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Entre uma garrafa e outra de vinho, várias poesias


“Pálida. Magra. Cabelos loiros e longos. Surgia montada num cavalo branco... Uma fada.” Tomado de violenta paixão, Fagundes Varela foi um espectador assíduo do circo Equestre e Ginástico - Companhia Luande, principalmente porque Guilhermina, filha de Alexandre Luande, o dono do circo, deixou o rapaz encantado. Foi falar com ela e com o pai, pois queria se casar.





Correspondido, “aos vinte e oito de maio de mil oitocentos e sessenta e dois anos”, às seis horas da tarde, em casa, observando todas as particularidades do costume, receberam-se por palavras Luiz Nicolau Fagundes Varela e Álice Guilhermina Luande.
O circo partiu levando Fagundes Varela, desempregado, casado, em lua de mel. Veio se estabelecer em Piracicaba e Fagundes, um dos maiores expoentes da poesia brasileira, começou assim humildemente, recitando poemas de sua autoria, numa simples arena de circo.

Álice Guilhermina morreu alguns meses depois, não sem antes lhe dar um filho, Emiliano, a quem Fagundes Varela dedicou seu mais significativo poema “Cântico do Calvário”, uma das mais belas peças do período pertencente ao romantismo exacerbado, corrente literária que recebeu o apelido de “mal do século”.






Jéssica Polliani Coracini, aluna do oitavo semestre de jornalismo da UNIMEP.

Pesquisa realizada no acervo O Diário

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