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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Arte incandescente




Em 1961, o filme Bonequinha de Luxo foi marcado pela cena final: o beijo na chuva de Holly Golightly e Paul Varjak, interpretados por Audrey Hepburn e George Peppard. Esse e outros clássicos beijos da história da sétima arte são sem dúvida alguma de tirar o fôlego e causam nos espectadores uma forte emoção, seguida de abundante descarga de adrenalina na corrente circulatória, cujos efeitos estão perfeitamente comprovados pela experimentação e pela observação clínica. O impacto emocional é real, mas os romances produzidos para as telas do cinema são completamente ensaiados e técnicos.

George Peppard e Audrey Hepburn, em Bonequinha de Luxo. Fonte: Google  Imagens

O acervo Rocha Netto vai muito além de coleções sobre esportes. Como já foi até citado aqui no Blog em publicações anteriores, o jornalista gostava muito de cinema e assim colecionou um material riquíssimo sobre o tema. A revista Fatos e Fotos, edição do dia 5 de junho de 1965 (páginas 42 e 43), publicou uma pequena reportagem para ensinar os beijoqueiros de plantão como dar um beijo cinematográfico.

O beijo hollywoodiano teve um professor: Leon Charles, o mais famoso mestre da “arte de beijar”, que ensinou atrizes como Shirley Mac Laine, Lana Turner, Doris Day, Audrey Hepburn e Sandra Dee. Charles garante: “os homens acham orgulhosamente que não precisam de aulas nesse campo e, na hora do filme, apertam e amassam a moça toda, estragando um ‘take’. É preciso controle muscular e uma correção nos movimentos próxima da perfeição, para evitar, por exemplo, uma desagradável trombada de narizes.”

"O professor de beijo" - Revista F&F/fotos Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).




Jessica Polliani Coracini, aluna do oitavo semestre de jornalismo da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo: Rocha Netto


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