Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Comunicado CCMW - Mensagem de final de ano!






Nós, do CCMW, desejamos um Feliz Natal a todos os visitantes aqui do blog e que o Ano Novo seja repleto de saúde e felicidade! =)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Homicídio na fazenda


Em 1886, Luiza, escrava de Pedro Silveira Franco, foi acusada de assassinato. Sua filha, Josepha, foi encontrada morta em um cafezal, nos arredores do distrito de Santa Maria.
 

Segundo o processo, “a ingênua Josepha” havia sido encontrada já sem vida com um “golpe” no pescoço. A perícia da época explicou “que a causa da morte da ingênua fôra o golpe de garganta, feita por instrumento cortante.”

As testemunhas chegaram a acusar Luiza, sem saber explicar direito o que tinha acontecido, só disseram nos depoimentos que tinham ouvido boatos “por vós do povo” que Luiza tinha fugido e levado a filha. No dia seguinte apareceu o cadavér de Josepha, então a culpada só poderia ter sido Luiza.

Depois de muitas testemunhas declararem terem ouvido boatos sobre a morte de Josepha, chegou a vez de Luiza se defender. Em seu testemunho, Luiza afirma que não havia fugido, mas que estava com outros afazeres, em uma fazenda próxima. A filha havia ficado sozinha e só depois recebeu a notícia da morte de Josepha.  Sem maiores provas e testemunhas (tanto de defesa como de acusação), o júri concluiu que Luiza era inocente.

 

Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.

Pesquisa realizada no acervo do Fórum.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Os Diehl de Piracicaba


O arquivo Jair Toledo Veiga é composto por diversos documentos, fotografias e recortes de jornais. Veiga dedicou sua vida as atividades cartorárias, porém deu grande parte de seu tempo as investigações genealógicas. Entre os muitos documentos irei destacar o da família Diehl. Relatório composto de 36 páginas, não sendo o único documento existente a fazer menção da família.



Vindo da Alemanha, Felipe Diehl e sua esposa Anna Margarida Diehl chegaram ao Brasil por volta de 1848 junto com seus filhos: Martinho Diehl, Jacob Diehl, Felipe Diehl, Carlos Diehl, Catharina Diehl, Maria Diehl, Jorge Diehl e a caçula Isabel Diehl. Estabeleceram-se primeiro em Limeira e posteriormente em Piracicaba. Felipe Diehl foi o primeiro alemão a obter propriedades na cidade, em 1885, tendo trabalhado com os filhos na feitura de um paredão as margens do rio Piracicaba, obra empreitada pela empresa Vergueiro & Cia.

 Com um total de 8 filhos, 42 netos, 142 bisnetos (números que constam nos documentos pesquisados), os Diehl são apenas um exemplo de centenas de outras famílias que imigraram para a nossa região. São muitos os registros encontrados no arquivo do Genealogista Jair Toledo Veiga, disponível para pesquisa no Espaço Memória Piracicabana.

Maycon Costa, aluno do 2º semestre do curso de História da Unimep.

Pesquisa realizada no acervo Jair Toledo Veiga.


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Cidade dos Esportes

Ao assumir a presidência do XV de Piracicaba, o engenheiro agrônomo Romeu Italo Ripoli tinha como uma de suas promessas eleitorais a criação desse empreendimento: um estádio para 80 mil pessoas, quadras poliesportivas, piscinas e um prédio para acomodação dos atletas com refeitório e departamento médico. Os alojamentos seriam construídos propositalmente para que formassem o símbolo XV.



O Complexo esportivo ficava localizado em um dos pontos mais altos da cidade, no bairro da Pompéia. Na época, Ripoli afirmava que seria um grande desenvolvimento para a região.
O estádio se chamaria “Almirante Heleno Nunes”, por sugestão de seu amigo particular, o vice-presidente da CBD, José Hermínio de Moraes Nunes. A piscina até chegou a funcionar para os associados.

O empreendimento teve uma grande cobertura da mídia, principalmente do jornal “O Diário”, que tinha como diretor o jornalista Cecílio Elias Neto, um grande amigo do presidente do XV. 


Após a morte de Ripoli, em 1983, o XV entrou em uma crise sem tamanho e a a cidade dos esportes, que estava ainda em construção, nunca foi terminada.

Fábio Barros Martins, aluno do 4º semestre de Publicidade e Propaganda da UNIMEP

Pesquisa realizada no Acervo O Diário.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Anúncios e propagandas antigas que não vemos nos jornais de hoje

A propaganda tem um papel significativo na história e é reflexo dos ideais e costumes da sociedade em geral. Atualmente ela está presente em qualquer lugar e de qualquer forma, tendo a criatividade como seu limite. Porém ela surgiu inicialmente nos jornais, no qual era possível encontrar dezenas de anúncios por página diariamente, em maior quantidade do que vemos nos impressos hoje em dia.

No acervo O Diário, jornal que circulava na região de Piracicaba no século XX, havia diversas propagandas preenchendo suas páginas todos os dias. Uma pesquisa feita por esse jornal do período de janeiro a maio de 1936, mostra algumas dessas propagandas produzidas por comerciantes da região a fim de atrair mais consumidores. Por se tratar de mais de 80 anos atrás, muitas propagandas encontradas eram de objetos e serviços que não vemos mais nos dias atuais. As propagandas de cigarro e lança-perfume, por exemplo, ambas proibidas nos dias de hoje, eram constantes nas páginas diárias.

Podemos observar também os anúncios de lojas especializadas em concertos de produtos que hoje não são mais produzidos industrialmente, como máquinas de escrever e toca-discos. Além de produtos e serviços, muitas profissões eram anunciadas no jornal, como o amolador, a ama de leite e os engraxates. Essas e mais propagandas podem ser pesquisadas no acervo do Espaço Memória Piracicabana no Centro Cultural Martha Watts.




Thaís Passos da Cruz, aluna do 4º semestre de Jornalismo da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo Jornal O Diário.



quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Policia Militar no Brasil: seu surgimento e sua atuação

Em matéria veiculada no jornal “O Movimento”, periódico brasileiro de imprensa alternativa (1975-1981), no mês de agosto do ano final de sua circulação está o título “Na defesa dos mais fortes”, fazendo referência a Policia Militar brasileira e, segundo o jornal, seu posicionamento em oposição à vontade das grandes massas.

O artigo faz um breve resumo sobre o surgimento das Polícias Militares, nos contando que elas “surgem da necessidade de as classes dominantes do país ter o seu braço armado” no âmbito regional. Ainda no mesmo parágrafo é passado de maneira bem rápida o seu surgimento ainda na época de D. João VI e continuou a atuar durante os anos seguintes (no período Imperial e Regencial).
A matéria também nos conta que é no momento após a Primeira Guerra Mundial que ocorre o forte crescimento das Forças Públicas (conjunto de forças armadas protetoras das províncias) e que poderiam fazer frente ao Exército Nacional. Para auxiliar no controle do estado e tentar impedir que essa força se rebelasse, a PM passa a ser formalmente força auxiliar do Exército.
Após essa grande força estar estabilizada ela vai estar presente nos momentos mais importantes no Brasil pelas próximas décadas. Citando a própria matéria:
“(...) as Polícias Militares participaram dos movimentos políticos de 1923, 24 e 26; do Tenentismo em 1930; da “Revolução Constitucionalista” de 1932 em São Paulo; do combate ao que se chamou de “Intentona Comunista”. Também atuaram contra a Coluna Prestes e finalmente participaram do golpe de 1964.”

Há ainda, na mesma página, mais dois textos curtos abordando o assunto do salário da PM e a sua desvalorização perante o Exército, sendo dito pelo jornal que “a fama da PM de reprimir a população e ser violenta nunca foi compensada pelo estado”.
Esse e outros temas relacionados ao jornal “O Movimento” podem ser pesquisados no acervo do Espaço Memória Piracicabana no Centro Cultural Martha Watts.
Horário de funcionamento do EMP: 9h-12h / 13h-17h.


Guilherme Erler Pedrozo, aluno do segundo semestre de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo Jornal O Movimento.



segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Uma década sem ser legalmente cidadão



No dia 26 de fevereiro de 1943, o senhor Salvador Gomes de Oliveira (lavrador), junto do seu advogado Dr. João Basílio, faz o pedido de registro de nascimento de seus dois filhos:  Maria de Lurdes nascida no dia 15 de Março de 1929 na cidade de Piracicaba e Benedito no dia 04 de Setembro de 1933.


Maria e seu irmão só passaram a ser reconhecidos legalmente quando chegaram a idade de 14 e 10 anos respectivamente. O Pai, que fez o pedido de registro, alegou dificuldades financeiras e por esse motivo não pode fazer o registro no tempo correto.

Com o depoimento de duas testemunhas, José Miqueleitti (pedreiro) e João Rocha (barbeio) e a apresentação dos documentos necessários, o Juiz Dr. Paulo Gomes Pinheiros Machado julgou procedente o pedido e determinou que fossem lavrados os termos de registro de nascimento.

No Brasil, toda criança já nasce com direito a ter um Registro Civil de Nascimento.  Ela deve ser registrada logo após o seu nascimento, para que todos os seus direitos possam ser garantidos. O Registro Civil de Nascimento é gratuito para todas as famílias brasileiras, e é garantido pela Lei nº 9.534/97.


Maycon Costa, aluno do segundo semestre do curso de História da UNIMEP.


Pesquisa realizada no acervo Fórum.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Adeus de um ídolo

No último dia 25 o país se despediu de uma das maiores referências futebolísticas do país, vítima de um infarto fulminante. Carlos Alberto Torres jogou profissionalmente 19 anos, onde incluem passagens em grandes clubes do país e também jogou no futebol norte americano.

No acervo Rocha Netto temos algumas imagens que mostram a passagem dele pelo futebol. Após se aposentar dos gramados, seguiu carreira de técnico, em seu primeiro ano se consagrou campeão com o Flamengo.


Torres é até hoje reconhecido com um dos maiores jogadores da história, além de uma qualidade técnica, também se destacava pela liderança. Foi o último capitão a erguer a taça Jules Rimet. Como técnico no ano de 1998 dirigiu o XV de Piracicaba, durante a campanha na série A2.

Fábio Barros Martins, aluno do 4º semestre de Publicidade e Propaganda da UNIMEP
Pesquisa realizada no Acervo Rocha Netto

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

As Charges do Jornal Movimento: Recortes de 1979

O jornal “O Movimento” foi um periódico brasileiro de imprensa alternativa que teve sua circulação em território nacional de 1975 a 1981.

Na última página de cada edição havia a sessão “Corta Essa” onde eram selecionadas charges e cartoons para serem publicadas. Charges são desenhos ou caricaturas que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual. Geralmente, de conotação política, a charge utiliza desse seu recurso satírico para criticar algo ou alguém daquele determinado tempo e momento histórico.


Como no exemplo da charge acima que tem por finalidade ironizar a truculência policial com os contrários as ações do governo militar. No entanto, e quando os acontecimentos políticos atuais, após todas as ressalvas de seus respectivos momentos, acabam por parecer, até demais, com os acontecimentos do passado. 



Os temas políticos das charges acima buscam dentro de nós, por mínimo que seja, alguma manchete de jornal ou noticiário online recente. E, novamente, com todas as ressalvas, acabamos associando  a momentos atuais.
Esse e outros temas relacionados ao jornal “O Movimento” podem ser pesquisados no acervo do Espaço Memória Piracicabana* no Centro Cultural Martha Watts.




*Horário de funcionamento do EMP:  9h-12h / 13h-17h

Guilherme ErlerPedrozo, aluno do 2º Semestre de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo Jornal O Movimento.


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Glórias do Nhô Quim


Há 40 anos atrás o XV de Piracicaba deixava sua condição de eterno na disputa das últimas posições do campeonato paulista, para um postulante ao título. A campanha quinzista foi surpreendente, a crônica da capital não aceitava a possibilidade do XV ficar à frente dos “grandes” e sempre diziam que o “Nhô Quim” não possuía equipe para isso. Contrariando a todos a equipe chegou ao vice campeonato. 

Nos recortes de jornais que compõem o acervo Rocha Netto, podemos observar a campanha de superação do “Nhô Quim” que, ao fim do primeiro turno, ficou em 9º lugar. A partir do segundo turno a equipe quinzista melhorou sua campanha chegando a duas rodadas do fim do campeonato com possibilidades de título.

Na partida que decidiu o título ao Alviverde, o XV surpreendeu a todos fazendo um grande jogo contra um dos melhores elencos do Brasil, com jogadores que já tinham passagem pela seleção brasileira como no caso do goleiro Leão e do meia Ademir da Guia.

O Paulista de 76 é, até hoje, lembrado pelos quinzistas, pois além da superação dos heróis alvinegros, também participaram o folclórico presidente Romeu Ítalo Ripoli, além do técnico Dema, ex-jogador do Nhô Quim.

Relação dos jogadores que representaram o XV de Piracicaba no Campeonato Paulista de 1976:
Getúlio                                                         Ditinho
Donáh                                                          Joãozinho
Pizelli                                                           Capitão
Nardela                                                        Pitanga
Valdomiro                                                     Almeida
Benê                                                             Renato
Maricata                                                        Ademir Carloni
Vágner                                                          Delém
China                                                             Muri
Volmir                                                            Fernando
Paulinho Massariol                                       
JoãoPaulo
Elói                                                                Técnico: Ademar Lucazzechi (DEMA)


O Acervo Rocha Netto está disponível para pesquisa no Espaço Memória Piracicabana.
                 
                 


Fábio Barros Martins, aluno do 4º semestre de Publicidade e Propaganda da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo Rocha Netto.







segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Miss Brasil e falta da representatividade negra nos concursos


O concurso de beleza mais importante do país, o Miss Brasil, é realizado desde o ano de 1954. Desde então, a cada ano é eleita a próxima beldade brasileira que irá representar a beleza do país pelo mundo. O Miss Brasil 2016, realizado no último dia 30 de setembro, foi um momento histórico, afinal, a vencedora foi a segunda mulher negra a vencer o concurso desde a sua criação, há mais de 60 anos.

Revista Manchete, 1970.

Na revista “Manchete” de 27 de junho de 1970 e na revista “Fatos e Fotos” do dia 2 de julho do mesmo ano, ambas presentes no acervo Rocha Netto, há como fazer uma comparação desse concurso de Miss Brasil com os de hoje em dia. Naquela época, era quase nula a participação de mulheres negras entre as finalistas do concurso. Para se ter uma ideia dessa pouca quantidade, das 27 candidatas que disputaram a coroa este ano (2016), apenas seis candidatas eram negras e esse número é um recorde da história do concurso de Miss Brasil.
Eliane Thompson (foto abaixo), a "mais loura", foi a vencedora do concurso de 1970. Ela representava o estado da Guanabara (atual município do Rio de Janeiro) e foi uma das 15 finalistas do Miss Universo do mesmo ano.



Nas fotos é possível perceber a ausência de mulheres negras entre as candidatas. 

Revista Manchete, 1970.

Revista Fatos e Fotos, 1970.


Thaís Passos, aluna do quarto semestre do curso de Jornalismo da Unimep.

Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Álbuns de Figurinhas do Rocha Netto

O Acervo Rocha Netto, localizado no Centro Cultural Martha Watts, é considerado um dos maiores do país devido a sua grande diversidade de informações da história esportiva. Em seu acervo, podemos encontrar raridades como alguns álbuns de figurinhas que contemplam vários campeonatos e também figurinhas avulsas.

A foto ilustra alguns dos vários álbuns do acervo. Vemos uma raridade que é o álbum do Campeonato Paulista de 1978.

Outro álbum importante do acervo é o do Campeonato Brasileiro de 1977-78 que tem como curiosidade 62 clubes participantes.
O acervo Rocha Netto encontra-se disponível para pesquisa no Espaço Memória Piracicabana, seu horário de funcionamento e das 9h às 12h e das 13h às 17h.


Fábio Barros Martins, aluno do 4º semestre de Publicidade e Propaganda da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo Rocha Netto.


segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Acervo Elias Boaventura e a Teologia da Libertação


A foto abaixo mostra o acervo em fase de catalogação pelo Centro Cultural Martha Watts.



Boaventura foi reitor da UNIMEP entre os anos de 1978 a 1986, era doutor em educação pela Universidade Estadual de Campinas e veio a falecer no ano de 2012. Sua gestão, ocorreu durante o período da ditadura militar e ficou marcada pela defesa da democracia, como pode ser conferido neste link:

O acervo possui um vasto número de livros dos mais diversos assuntos, no qual pode-se destacar o material ligado à educação, filosofia, política e religião.
Deste último, destaca-se a quantidade de livros ligados a teologia da libertação, teologia de linha marxista que ganhou força em meados dos anos 80, com ênfase na justiça social e crítica ao sistema capitalista. Esta linha teológica tem como seus principais representantes o Frei Leonardo Boff e Frei Betto, este último chegou a palestrar na UNIMEP durante a gestão de Boaventura.

Abaixo, alguns dos exemplares sobre Teologia da Libertação que se encontram no acervo e que já estão cadastrados no sistema de biblioteca da UNIMEP.



Da Libertação – o teológico das libertações sócio históricas.  Leonardo Boff / Clodovis Boff
Pelas trilhas do mundo, o caminho do reino. Júlio de Santa Ana
A igreja eletrônica e seu impacto na América Latina. Hugo Assmann
A Libertação do oprimido no antigo testamento. A. Rebré


Adriano Zaulkauskas, aluno do oitavo semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Elias Boaventura.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Tentativa de Venda de Tijolos a Câmara Municipal Termina em Fraude



No dia 11 de Março de 1896, Pedro Guimarães foi detido em flagrante por tentar vender 20.000 tijolos de uma olaria que não lhe pertencia.

Pedro Guimarães, que tentava se passar por dono da olaria de Felipe Diehl foi pego em flagrante e levado até a delegacia pelo próprio oleiro e seu amigo Fernando Febeliano da Costa.

Após o julgamento ficou provado que Guimarães tentara vender vinte milheiros de tijolos à Câmara Municipal de Piracicaba ao valor de 50.000 réis cada um.
Pego em flagrante antes da compra ser efetuada, a pena aplicada a Pedro Guimarães se atenuou. Dessa forma, foi condenado por crime de estelionato, combinado com os Arts. 13 e 63, que asseguravam ser crime a tentativa frustrada do mesmo.




Guilherme Erler Pedrozo, aluno do 2º semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo do FÓRUM.


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Golpes ocorridos na década de 60 - Revista Fatos e Fotos


Em matéria publicada pela revista Fatos & Fotos, em 16 de Julho de 1966 na cidade de Brasília, encontramos uma reportagem importante para o período, se pensarmos que o Brasil estava em plena ditadura militar, é de se estranhar esse tipo de tema abordado e ainda mais as críticas ao regime ditatorial.


O artigo destaca 50 golpes ocorridos em todo o mundo. Enfatizando que todos ocorreram em países de ‘’3° mundo’’ e todos no hemisfério sul, coloca também que a cada 10 países 9 foram dados por forças militares. Como em um tutorial, a matéria demonstra quais os passos foram trilhados pelos golpistas para que, com êxito e sem o uso de “muita força”, se tome de assalto um governo eleito democraticamente.
                 
              ‘’ Golpes são mais freqüentes nos países de estrutura econômica frágil ‘’

Neste ponto fica clara a crítica ao regime ditatorial brasileiro do período. Utilizando a palavra GOLPE, sendo que a palavra utilizada por parte dos militares e seus aliados (e por maior parte da mídia) era REVOLUÇÃO.


Maycon Costa, aluno do segundo semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Processo crime de 1857 e a escravidão em Piracicaba


Em 1857, André, escravo de Antonio Francisco, matou João com golpes de pilão, e deixou gravemente ferido Luís. Tanto João quanto Luis eram também escravos da mesma fazenda.

No processo, a história é contada da seguinte forma: no meio da noite, André foi até a senzala onde João dormia e “esmagou” (no próprio processo os oficiais de justiça usam esse termo) a cabeça dele com o pilão. Em seguida, André foi até a outra senzala e desferiu 3 golpes com o mesmo pilão na cabeça de Luis. Este, porém, acordou rapidamente e conseguiu se salvar, gritando por ajuda. Depois de toda a confusão foi encontrada a arma do crime, o pilão, cheio de sangue, jogado dentro da senzala.


No decorrer do processo muitas pessoas testemunharam e explicaram suas versões do ocorrido. Alguns indicavam que André tinha algumas desavenças com João. Ao ser questionado, Luis, explicou que não sabia por que tinha sido atacado por André, que eram, inclusive, amigos. 
O processo correu por alguns anos até que decidiram por condenar André a 200 açoites.



Aqui no Espaço Memória temos mais de 13 mil processos crimes que datam de 1801 até 1946. Para pesquisas prévias é só acessar o  Site do Espaço Memória Piracicabana . Nele temos o arquivo em PDF do acervo do Fórum catalogado.


Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo do Fórum.