Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Homicídio na fazenda


Em 1886, Luiza, escrava de Pedro Silveira Franco, foi acusada de assassinato. Sua filha, Josepha, foi encontrada morta em um cafezal, nos arredores do distrito de Santa Maria.
 

Segundo o processo, “a ingênua Josepha” havia sido encontrada já sem vida com um “golpe” no pescoço. A perícia da época explicou “que a causa da morte da ingênua fôra o golpe de garganta, feita por instrumento cortante.”

As testemunhas chegaram a acusar Luiza, sem saber explicar direito o que tinha acontecido, só disseram nos depoimentos que tinham ouvido boatos “por vós do povo” que Luiza tinha fugido e levado a filha. No dia seguinte apareceu o cadavér de Josepha, então a culpada só poderia ter sido Luiza.

Depois de muitas testemunhas declararem terem ouvido boatos sobre a morte de Josepha, chegou a vez de Luiza se defender. Em seu testemunho, Luiza afirma que não havia fugido, mas que estava com outros afazeres, em uma fazenda próxima. A filha havia ficado sozinha e só depois recebeu a notícia da morte de Josepha.  Sem maiores provas e testemunhas (tanto de defesa como de acusação), o júri concluiu que Luiza era inocente.

 

Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.

Pesquisa realizada no acervo do Fórum.

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