Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

No colorido comício, a voz pelas Diretas





Exatamente há 30 anos, os repórteres José Pedro S. Martin e Marcos Muzi, cobriram pelo extinto jornal, Diário de Piracicaba, um ato pelas Diretas Já. Três mil pessoas se reuniram na Praça José Bonifácio-centro de Piracicaba/SP- por um motivo, votar diretamente para um presidente.
Políticos de diversas classes partidárias, como Orestes Quércia (PMDB), na época vice-governador do estado de São Paulo e o ex-deputado João Hermann Neto (PPS) - ambos na ocasião foram vaiados - estiveram presentes.

Bloco da UNIMEP
Trezentas pessoas entre funcionários e alunos estiveram na ocasião, animando o público presente. Entre os trezentos estava o então reitor da instituição, Elias Boaventura, o qual estava programado a discursar. A atual vereadora de Piracicaba, Madalena (PSDB), participou do comício distribuindo flores.

Bloco das Diretas
Ao representante da comissão pela legalidade do PCB, falou o padre Otto Dana, que repudiou o corte de som para o presidente da Associação dos Favelados “Democracia começa no palanque, a burguesia teve o tempo todo para falar e o único representante legítimo do povo não”, afirmou o religioso.
A então deputada Ruth Escobar (PMDB), teve seu discurso mais aplaudido e repudiou a atitude da Rede Globo em não noticiar a campanha pelas Diretas. “A Globo traiu o povo brasileiro”, disse.  E puxou o coro “Brasil urgente, o povo quer votar no presidente”.
Foi este o comício em que Piracicaba pediu as eleições diretas para presidente, e que chegou a ser filmado por uma TV Holandesa.




Reinaldo Diniz, aluno do terceiro semestre de jornalismo da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo O Diário.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Os Irmãos Cobra





Em agosto de 1986, Rocha Netto escreveu no Jornal de Piracicaba ( a partir do depoimento de Antonio Cobra Filho) uma homenagem aos irmãos Cobra. Família que se destacou no comércio, no esporte e principalmente na música.
“Em 1921 surgia nessa cidade, idealizado por João Braga e Euclides Franklin César, um conjunto que tocava no sempre lembrado “Theatro Santo Estevão,  denominado “Choro Guaianazes”. (...) executando músicas do repertório do maestro Benedito Dutra, como “Filha da floresta”, bastante conhecida dos da velha-guarda, “De déo em déo”, “Marinha”, “Beijo da meia noite” e outras mais valsas que marcaram época. Esse choro, que deixou saudades, era composto pelos seguintes elementos: João Braga (sax-maestro), José Leite (flauta), Aristides Diehl (sax-de-pito), Euclides César (violino), Antonio Pedro Cobra e José Oliveira (violões).”
Um ano depois, foi formado o grupo “Turunas Piracicabanos”, composto por: Antonio Cobra (pai) e integrado por Antonio Matos Brasil (pandeiro), Pedro Greppe (chocalho), Pedro Cobra (sax-mestro), Antonio Cobra Filho (cavaquinho), Salvador Zito (violão) e Máximo Bernardi (violão e vocal).
Acervo Rocha Netto/CCMW.


Na matéria, Rocha Netto escreve que “esse choro fez grande sucesso no “Carnaval do Centenário” e acabou ganhando uma bonita taça, que marcou os nomes de seus integrantes. (...) As músicas mais tocadas, muito de agrado dos corsos carnavalescos da época, foram estas: “Desafio”, de autoria de Máximo Bernardi, e “Ratinho”, de Pedro Cobra.”
Eles costumavam tocar no saguão do Cinema Polytheama, enquanto dentro das salas de cinema haviam orquestras que musicavam os filmes. O “Choro Cobra” que, na metade dos anos 20, faziam as pessoas se aglomerarem em frente ao cinema só para ouvir o grupo tocar era composto pelos cinco irmãos: Pedro, Nini, João, Vitório e Salvador, além de Totó Carmelo, Belmiro da Silva, Mário Passini, Alfredo do Senna (o chapeleiro) e Manoel Zevedo. “Quando o “Choro Cobra” se exibia no palco do Polytheama ou do Íris, seus componentes apareciam vestidos com trajes caipiras, alegrando a todos”, escreveu Rocha Netto.
Acervo Rocha Netto/CCMW.
Acervo Rocha Netto/CCMW.


“O último carnaval em que o “Choro Cobra” tomou parte, foi o ano de 1926, quando conquistou duas ricas taças, oferecidas pelo saudoso Justo Moretti, que era estabelecido com uma tabacaria na esquina da praça Sete de Setembro com a Rua São José. O Justo Moretti sabia muito bem como acirrar os ânimos dos conjuntos musicais da cidade, bem como oferecendo taças e bronzes para os grandes “pegas” do passado.”

Acervo Rocha Netto/CCMW.
Acervo Rocha Netto/CCMW.


A família Cobra também contribuiu nos esportes:
“A Sociedade Esportiva Palmeiras (ex-Palestra de Piracicaba), também deve gratidão aos irmãos Cobra, notadamente a Pedro e Antonio, pois estes homens, em 1930, trabalharam com afinco para transformar a barroquinha, de propriedade do Sr. Pedro Francez (onde suas vacas pastavam), no campo do Palestra e que serviu mais tarde ao Bairroaltense. (...) Os Cobras cederam, ainda, gratuitamente, suas carroças para o transporte de terras para o campo que ia surgindo.” Rocha Netto só lamenta não ser possível reproduzir a imagem desse momento.


Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no Acervo Rocha Netto.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O Movimento



Temos aqui, em nosso acervo do Espaço Memória, grande parte dos exemplares do Jornal “O Movimento”. O jornal foi doado pelo professor do curso de História da Unimep, Uassyr de Siqueira, que guardou por muito tempo essa coleção feita por seu pai.



O Jornal circulou entre os anos de 1975 e 1981. Uma atitude corajosa e combativa diante de um Brasil dominado pelo regime ditatorial.



Os jornalistas e colaboradores (estudantes, trabalhadores, entre outros) do Movimento viveram por muito tempo sofrendo com ameaças de morte de setores conservadores até que, em 1981, foram obrigados a encerrar suas atividades. Mas fica aqui, registrado e disponível para pesquisa,  uma das vozes jornalísticas que fizeram oposição à ditadura, promovendo debates de extrema importância. 






sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O calor piracicabano de 1984 e temas aleatórios



A seca e o calor extremo em Piracicaba não é novidade. Em matéria do jornal O Diário de janeiro e fevereiro de 1984, foram publicadas algumas coisas sobre as consequências do calor na cidade:

Nessa mesma época, em 1984, fazia 42,5ºC à sombra. Não muito diferente  desse mês de janeiro/fevereiro de 2014.

Detalhe para a disputa entre os sorveteiros da cidade:



Esse outro jornalista estava bem revoltado com a situação das praias lotadas e do trânsito caótico:
Todo mundo queria ver o mar.


O Rio Piracicaba também estava um pouco seco. 

No ano anterior, em 1983, Piracicaba sofreu com enchentes, bem diferente da situação de 1984, com falta de chuva:



Nós, do Centro Cultural, informamos que já abrimos o Museu e os espaços para pesquisa. 


Matéria feita por Naiara Lima, do Jornal de Piracicaba.

Enquanto isso, continuamos com a higienização do acervo (já em fase de finalização). 


=)


Até!