Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Processo crime de 1857 e a escravidão em Piracicaba


Em 1857, André, escravo de Antonio Francisco, matou João com golpes de pilão, e deixou gravemente ferido Luís. Tanto João quanto Luis eram também escravos da mesma fazenda.

No processo, a história é contada da seguinte forma: no meio da noite, André foi até a senzala onde João dormia e “esmagou” (no próprio processo os oficiais de justiça usam esse termo) a cabeça dele com o pilão. Em seguida, André foi até a outra senzala e desferiu 3 golpes com o mesmo pilão na cabeça de Luis. Este, porém, acordou rapidamente e conseguiu se salvar, gritando por ajuda. Depois de toda a confusão foi encontrada a arma do crime, o pilão, cheio de sangue, jogado dentro da senzala.


No decorrer do processo muitas pessoas testemunharam e explicaram suas versões do ocorrido. Alguns indicavam que André tinha algumas desavenças com João. Ao ser questionado, Luis, explicou que não sabia por que tinha sido atacado por André, que eram, inclusive, amigos. 
O processo correu por alguns anos até que decidiram por condenar André a 200 açoites.



Aqui no Espaço Memória temos mais de 13 mil processos crimes que datam de 1801 até 1946. Para pesquisas prévias é só acessar o  Site do Espaço Memória Piracicabana . Nele temos o arquivo em PDF do acervo do Fórum catalogado.


Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo do Fórum.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Exército Alemão


No ano de 1954 a Revista Manchete dava ênfase a uma reunião que acontecia na França, onde se discutia e temia a volta do exército alemão. 

A volta da Werhmarcht (exército alemão) não era bem vista nem na própria Alemanha, ainda receosa dos últimos 40 anos onde se envolveu em duas guerras. No lado Oriental já existia um núcleo militar, chamado de “Polícia da fronteira” que tinha um contingente de 10.000 homens, com a única missão de proteger o governo de Bonn (cidade alemã), seus dirigentes eram ex oficias da Werhmarcht. O grande temor do mundo se passava no armazenamento de armas no lado oriental da Alemanha.

Os países da Comunidade Europeia de Defesa acreditavam que os alemães já se preparavam para outra guerra, já que muito do que se ouvia dos jovens era um parecer favorável a Hitler.

A Revista Manchete faz parte do acervo João Chiarini e se encontra para pesquisa aqui no Centro Cultural Martha Watts.





Fábio Barros Martins, aluno do 4° semestre do curso de Publicidade e Propaganda da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Em Amsterdã, o impulso aos jogos e às mulheres


De 17 de maio a 12 de agosto de 1928, ocorreu em Amsterdã (Holanda) a nona edição da era moderna dos jogos olímpicos com 46 países participando dos jogos (o Brasil ficou de fora devido  uma forte crise econômica).

            No futebol masculino, o Uruguai foi o destaque da competição, seguido pela Argentina.

      O marco mais importante das olimpíadas de Amsterdã não foi nenhum recorde ou surgimento de um mito, mas sim o espaço conquistado pelas mulheres,  que pela primeira vez participaram da modalidade “atletismo”.

Sobre o assunto, a Gazeta Esportiva de 19 de junho de 1996 afirma “Historicamente, o fato mais relevante dos jogos de Amsterdã foi a valorização da mulher como atleta. Esta participação feminina foi considerada uma conquista do Comitê Olímpico da Inglaterra, com o apoio de movimentos feministas da época.”

Confira abaixo o quadro de medalhas e uma tabela com alguns dados desta Olimpíada.




Adriano Zaulkauskas, aluno do oitavo semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Brasil volta a ganhar medalhas em Olimpíadas


Em 1920 o Brasil participou das olimpíadas em Antuérpia na Bélgica. A delegação era composta de 22 atletas, sendo todos homens.  Eles conquistaram, na ocasião, três medalhas no tiro desportivo, sendo ouro, prata e bronze.

Já no ano de 1932, em Los Angeles, nos Estados Unidos, a delegação brasileira enviou para os jogos a paulista Maria Lenk. Nadadora, ela se torna a primeira mulher brasileira nos jogos.

Nos jogos olímpicos do pós-guerra, em Londres, em 1948, o Brasil volta a ganhar medalhas após um jejum de 28 anos sem nenhuma vitória. Desde então não saiu do quadro de medalhas nos jogos de verão.  O jornal O Diário, relata esse fato no dia 15 de Agosto de 1948, um dia após o final das competições. A equipe de cestobol (basquete) fez uma magnífica campanha ganhando a primeira partida contra a Hungria logo na abertura. Posteriormente garantiu a medalha de bronze sobre o México, ficando atrás da França (prata) e dos Estados Unidos (ouro).

  Maycon costa, aluno do 2º semestre do curso de História da Unimep.
  Pesquisa realizada no acervo O Diário.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

249 anos de Piracicaba!


Hoje Piracicaba comemora 249 anos. Em homenagem, vamos mostrar uma pequena parte do acervo com tema voltado para a cidade. Um dele é “Imagens da memória postal de Piracicaba”.  O projeto para montar o livreto e para a exposição foi feito em parceria com a UNIMEP. A exposição, que foi realizada em novembro de 1990, no Teatro Municipal, foi o resultado de um trabalho de 2 anos  de levantamento de interpretação de signos que constituem a memória da comunidade piracicabana.

“Os postais promovem uma verdadeira educação dos sentidos. (...) Não deve ser estranha, portanto, a conexão entre postais e memória. O papel desempenhado pelas imagens postais se assemelha muito aos princípios da arte da memória como era concebida nos tratados de retórica da antiguidade. Para lembrar era recomendada a construção de espaços, aos quais seriam associados os fatos a serem memorizados. Espaços que poderiam ser ruas de uma cidade, seus monumentos e praças. No momento de evocar os fatos armazenados, bastaria recorrer imaginariamente os lugares, recolhendo-se em cada um deles as imagens ali depositadas. De acordo com tais princípios, então, os cartões postais nos oferecem um mapa da geografia das nossas lembranças. Contemplá-las é uma oportunidade para surpreender imagens, mas para principalmente emoções ali deixadas, algumas ardilosamente ocultadas pelo esquecimento.”

No livreto aparecem dezenas de reproduções de antigos cartões postais da cidade. Ao lado dos postais, frases de moradores da cidade, contando o que a lembrança das imagens permite.








Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa feita no acervo João Chiarini.