Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

QUEM FOI JOÃO CHIARINI

Apresentamos nesta semana o folclorista João Chiarini, cujo acervo pessoal foi modestamente apresentado pelo blog durante o mês de agosto.




     João Chiarini era filho de imigrantes: pai italiano e mãe espanhola. Formou-se professor em 1941, pela EscolaNormal de Piracicaba e, em 1943, concluiu o curso de Sociologia e Política de São Paulo.
    Em 1971, bacharelou-se em Língua e Literatura Francesa e, em 1972, diplomou-se pela faculdade de Direito de São Carlos. 
    Exerceu várias atividades: professor, vereador da Câmara de Piracicaba (1954/1955), jornalista, fundador do Centro Piracicabano de Folclore, membro da Academia Paulista de História, membro da União Brasileira de Escritores,  membro do IHGB, presidente da Academia Piracicabana de Letras, militante do Partido Comunista Brasileiro. 
    Deixou um acervo significativo de livros, revistas, recortes de jornal e correspondências, que caracterizam um período importante da cultura brasileira e que foi entregue ao Instituto Educacional Piracicabano pela Academia Piracicabana de Letras.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Acontece Unimep - Fórum de tradições populares

Convite!!

*Convidamos para o*

*III Fórum de Tradições Populares de Piracicaba.*



Em sua terceira edição o Fórum das Tradições Populares de Piracicaba é

formado pela reunião de diversas instituições da cidade afim de articular,

discutir e fomentar políticas culturais em torno da cultura popular

tradicional. Tais políticas, articulações e incentivos são importantes para

salvaguardar a própria identidade da cidade, seu futuro sustentável, a

qualidade de vida do povo que nela habita e a constrói.

Neste ano, em que o evento se torna lei municipal, acontece a seguinte

programação:


*12.08 - quinta-feira*
*17h - Abertura da mostra Tradição Popular em Arte de Piracicaba.*
Local: Centro Cultural Martha Watts. Rua Boa morte, 1257.

*18.08 - quarta-feira*
*18h - Fórum na roda - bate papo sobre cultura tradicional e pertencimento.*
Local: Centro Cultural Martha Watts. Rua Boa morte, 1257.

*21.08 - sábado*
*16h - Visita ao marco zero de Piracicaba.*
*18h - Intervenção teatral do núcleo de artes cênicas do SESI, Andaime - UNIMEP e Traga Tralha Cia de Teatro.*
*19h - Abertura oficial.*
*19h30 - Show com Orquestra de Viola de Piracicaba  e cururueiros, seguido
de festa*.
Local: Armazém 14 do Engenho Central.

*22.08 - domingo*
*10h - Oficina de educomunicação.*
*16h - Oficina de ritmos e danças tradicionais.*
*17h - Ciranda com Batuque de Umbigada, Samba Lenço, Congada do Divino e
outras manifestações.*
*19h - Nomeação do guardião do estandarte do Fórum seguido de festa.*
Local: Armazém 14 do Engenho central.

*30.08 - segunda-feira*
*17h - Encontro de avaliação.*
Local: Lao Bar Bistrô. Rua do Vergueiro, 156.

Maiores informações através do site:
*www.tradicoesdepiracicaba.com.br*
Contamos com sua presença!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Festa do Divino

A fotografia a seguir, integra o acervo Chiarini que contém aproximadamente 20.000 fotos. O arquivista não deixou registrado a precisão da data que foi registrada a imagem. Contudo, as construções revelam que a Festa do Divino nela retratada, data a década de 40 do século recém-findo.









segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Como fazer um acaraje

Acarajé

Registrado no acervo Chiarini, encontramos uma anotação escrita "a próprio punho" do autor do acervo sobre culinária brasileira. Inspirado nestas anotações, Fellipe - aluno de gastronomia da Unimep - , pesquisou sobre o Acarajé e deu a dica culinária para o blog.


ACARAJÉ - uma especialidade gastronômica da culinária afro-brasileira feita de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, frita em azeite-de-dendê. O acarajé pode ser servido com pimenta, camarão seco, vatapá, caruru ou salada, quase todos componentes e pratos típicos da cozinha  baiana.

HISTÓRIA
     O primeiro historiador e intelectual afro-descendente, o brasileiro Manuel Querino conta na primeira descrição etnográfica do acarajé ,A Arte Culinária na Bahia” de 1916,  que no início, o feijão fradinho era ralado na pedra, de 50 cm de comprimento por 23 de largura, tendo cerca de 10 cm de altura. A face plana, em vez de lisa, era ligeiramente picada por canteiro, de modo a torná-la porosa ou crespa. Um rolo de forma cilíndrica, impelido para frente e para trás, sobre a pedra, na atitude de quem mói, triturava facilmente o milho, o feijão, o arroz".  O acarajé dos Iorubás da África ocidental (Togo, Benin, Nigéria, Camarões) que deu origem ao brasileiro é por sua vez semelhante ao Falafel árabe inventado no Oriente Médio. Os árabes levaram essa iguaria para a África nas diversas incursões durante os séculos VII a XIX. As favas secas e Grão de bico do Falafel foram alternados pelo feijão-fradinho na África.                                                                                                                                                                                                                     
No Brasil as palavras àkàrà  que significa bola de fogo e je  que significa comer foram reunidas numa só, acara-je, ou seja, “comer bola de fogo” isto devido ao modo de preparo do prato.
                                                                            
INGREDIENTES ACARAJÉ

1    litro de azeite de dendê para fritar
1 colher (sobremesa) de sal
1 dente de alho
300 g de cebola em pedaços
1 kg de feijão fradinho quebrado

Camarão para Acarajé:
1 cebola picada em pedaços bem pequenos
1 xícara (chá) de caldo de peixe ou de camarão
coentro a gosto
½ xícara (chá) de azeite de dendê
100 g de camarão seco defumado sem cabeça

Modo de Preparo
Numa bacia grande, coloque o feijão e lave várias vezes, até sair toda a casca. A seguir, deixe de molho por 3 horas. Escorra o feijão, coloque no liquidificador, junte a cebola, o alho e o sal e bata até obter uma pasta. Antes de fritar, bata novamente a pasta com uma colher, até ficar bem fofinha. Numa panela grande, aqueça bem o azeite-de-dendê. Com a ajuda de duas colheres, molde os bolinhos e frite-os no azeite. Sirva-os recheados com camarão ou com os recheios à parte.
Camarão para acarajé: Numa panela, coloque todos os ingredientes e misture. Leve ao fogo e refogue por 3 minutos.




Texto inspirado nas anotações de João Chiarini (acervo do CCMW - Espaço Memória Piracicabana), e elaborado por Fellipe Chuahy, aluno do 4° semestre do Curso de Gastronomia da Unimep.