Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Corrida Automobilística de 1939


O post dessa semana é de autoria de Rocha Netto, de 1993, publicado na sua “Coluna do Rocha Netto” (Jornal de Piracicaba). Nessa publicação, Rocha Netto recorda a prova automobilística “Adhemar de Barros”, de 1939. Nesse ano, Rocha Netto completava 20 anos de idade.
As  corridas aconteciam nas ruas onde hoje é quase impossível imaginar uma disputa automobilística. Competiam na Rua Armando Salles e passavam por todo o centro da cidade, sem qualquer barreira de proteção entre público e carros em alta velocidade.

“No dia 28 de agosto de 1939 Piracicaba assistiu a uma importante prova automobilística, denominada “Grande Prêmio Adhemar de Barros”, em homenagem ao Interventor em São Paulo, durante o Estado Novo (1938-1941).
Essa corrida foi levada a efeito pelo Automóvel Clube de Piracicaba, e da Prefeitura Municipal local, que tinha à sua frente o saudoso sr. Ricardo Ferraz de Arruda Pinto. O público piracicabano compareceu em grande número ao acontecimento, e que contou com a participação de muita gente oriunda das 60 cidades dos estados e de diversas capitais, conforme comprovações feitas, pelas chapas de carros que estavam nesta cidade na data da competição.
A corrida teve início e fim, no centro da cidade, à frente da “Tabacaria Tupã”, de propriedade do desportista Justo Moretti, onde hoje se encontra o Banco de Crédito Nacional (Rua São José, esquina com a Praça Sete de Setembro). A corrida ganhou a Avenida Independência, onde estavam as arquibancadas e a Tribuna de Honra, atingindo a Escola de Agronomia e voltando ao centro da cidade.
Chico Landi liderou a corrida durante as 25 voltas. Amaral Júnior manteve-se em segundo lugar da 1ª a 17ª volta e, finalmente, Oldemar Ramos superou Amaral Júnior na 18ª volta, até o final, deixando o volante de Bauru em terceiro lugar."





Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana   
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Embriaguez e morte na Rua do Porto


No dia 20 de novembro de 1932, aproximadamente às quatro horas da tarde, foi encontrado um corpo na rua do porto, esquina com a rua Prudente de Moraes, de um senhor de aproximadamente 80 anos e que a princípio foi   tratado como indigente mas logo reconhecido como sendo Angelo Bizioli. O  senhor Angelo era conhecido por aluns da região, pois tinha o hábito de embriagar-se.
Depois de reconhecido por algumas testemunhas ali presente um sargento, que morava ali perto, Alfredo Macruz e também a filha  do  falecido, Luiza Bizioli, de 49 anos , italiana, que não sabia ler e escrever,  foi chamada para ver o corpo lá deitado que afirmavam ser de seu pai. Confirmou também que seu pai gostava de se embrigar e  que havia saído não havia muito tempo.
Em seu “Auto cadaverico e levantamento” os médicos constataram a causa da morte “intoxicação alcoolica ocasionando congestão cerebral”.




Tatiane Saglietti, aluna do quinto semestre de história da UNIMEP
Pesquisa realizada no acervo do Fórum

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

São Paulo antiga


O livro “História e Tradições da cidade de São Paulo”, que faz parte do acervo de Chiarini, é muito interessante. O livro conta o cotidiano de São Paulo do final do século XIX e início do XX. O que mais chama atenção são as fotos de cidade contidas no livro.




Uma parte do livro é dedicada a explicar como os paulistanos passavam os momentos de lazer na cidade:

“No começo do século XX logradouro que se tornou ponto de recreio da maioria da  população foi o jardim do Museu do Ipiranga. Ali se reuniam permanentemente todas as barracas, que nas cidades italianas, por ocasião do carnaval, se espalhavam por várias ruas e praças. Toda São Paulo o frequenta nos domingos, caleches, em bondes, a pé, invadindo os cafés,  os jogos, os teatrinhos(...)”.



“(...) O passeio predileto do povo paulistano nos domingos era uma corrida de bonde do largo da Sé ao jardim e ao Museu do Ipiranga. Os circos, em fins do século XIX e começo do XX, mantiveram também o seu prestígio como diversão popular. Às vezes de certo apresentando números de sensação como o do “professor mágico” inglês Savior Boonex, multado em 1874 por um fiscal da Câmara por ter em sua casa, contrariando disposições da municipalidade, três leitões “que eram objeto do trabalho de sua profissão”.”



Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Alvinegro traumatizado com queda do COMURBA


A semana da publicação deste post marca os 50 anos de uma das maiores tragédias ocorridas em Piracicaba (SP).  A queda do Edifício Luiz de Queiroz (‘COMURBA’),tema já abordado aqui no blogtraumatizou o E.C. XV de Novembro.

Em pesquisa realizada no livro “A História do XV”, o ‘Nhô-Quim’ tinha jogo marcado para o dia 8 de novembro contra o Esportiva de Guaratinguetá e diante do ocorrido, solicitou a Federação Paulista de Futebol (FPF) que o campeonato fosse realizado em outra data.
Já o presidente da entidade na época, recusou a solicitação. Somente foi cedida nova data quando a Secretaria de Segurança Pública intercedeu em favor do time alvinegro.
A partida foi adiada para o dia 25 do mesmo mês, com vitória do XV de 3 a 0.

12 de novembro
O primeiro campeonato do XV após a tragédia foi contra o Corinthians no Parque São Jorge, na capital paulista. Antes do “mata-mata”, houve homenagem póstuma aos cerca dos 50 mortos da tragédia.
A data também marcou a estréia do meio-campista Chiquinho. Mesmo com o time em luto e jogando bravamente, o único tento da partida foi conquistado pelo jogador corinthiano Flávio aos oito minutos do primeiro tempo.






Reinaldo Diniz, aluno do quarto semestre do curso de jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.