Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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sexta-feira, 27 de março de 2015

Falha Nossa - As maiores gafes do cinema


Quem um dia imaginaria encontrar uma tatuagem na perna de um dinossauro no filme “Jurassic Park”?

“Falha nossa – As maiores gafes do cinema” é um livro de Cesar Kas que apresenta 3 mil erros de filmes campeões de bilheteria e é dividido em 6 categorias, sendo elas: Aventura e Ficção; Comédia e Musical, Desenho e Infantil, Drama e Romance, Guerra e Policial; Terror e Suspense.          

As 356 páginas apresentam a duração, censura, ano, país, distribuidoras, direção, elenco e inúmeros  erros encontrados em filmes.

Em Harry Potter e a Pedra Filosofal, são encontrados 107 erros, um deles é na “cana do trem, a paisagem de fundo é um lago. Harry tira suas moedas do bolso e a tomada vai para o trem no meio de várias árvores. Quando vê-se a paisagem de fundo novamente, ainda é o lago. 
Essa falha acontece várias vezes durante a viagem.”

Essas e outras gafes você encontra nos 117 filmes “espalhados” no livro. Escolha um lugar bem iluminado, confortável, pegue sua pipoca e mergulhe nessa leitura.




Daniela Boaventura, aluna do quinto semestre de jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.

quinta-feira, 19 de março de 2015

As feiticeiras de Salém

O acervo João Chiarini possui um vasto acervo de revistas. Com uma temática curiosa, uma das coleções que chamam atenção, a revista Homem, Mito e Magia publicada pela editora Três, aborda assuntos como: religião, ocultismo, fatos curiosos da história, etc.

O acervo possui 20 edições desta publicação, datadas de 1973, que segundo a mesma “..é uma obra que mostra todo o fascínio que o sobrenatural  tem exercido sobre o homem, desde suas remotas origens, até os dias de hoje.”

Dentre muitos artigos interessantes sobre o homem e suas relações com o universo do misticismo, podemos citar a revista nº 15, em que, umas das seções denominada de  “Feitiçaria e superstições” relata o caso das “Feiticeiras de Salém”, uma tragédia ocorrida no século XVII na Nova Inglaterra (hoje Estados Unidos).

“A grande caça às feiticeiras de Salém em 1692, é o mais famoso caso desta natureza de que se tem notícia, pelo menos no mundo anglo-americano. Comparado no entanto, aos acontecimentos parecidos, anotados na Europa central, o caso das feiticeiras não assume  extensão muito grande, mas, a par disso, apresenta uma particularidade: terminou tão subitamente como começou.”

Após uma reunião onde uma escrava contava contos sobre magia, e devido a influência de um livro lançado em 1689 sobre feitiçaria, algumas meninas de um vilarejo próximo a Salém tiveram um tipo de histeria coletiva.  A causa, na época, foi diagnosticada como obra de feitiçaria, logo, um tribunal especial para a causa foi montado e teve início uma verdadeira caça as bruxas. Como dito acima, o caso foi breve porém o suficiente para levar mais de 200 pessoas para a cadeia e dezenas para a forca.

Para explicar com mais detalhes, reproduzimos um trecho do artigo:

“Começou no inverno de 1691-92, com um grupo de garotas de 11 a 20 anos de idade. Era um grupo de 8 meninas, que costumavam se reunir perto da casa do sacerdote, com a escrava do religioso, Tituba. A impressão até hoje é de que Tituba se dedicava a encher a imaginação das meninas com histórias e magias da África. Essas reuniões terminaram por causar em Abigail Williams, de 11 anos e em Ann Putnam, de 12, uma espécie de qualquer doença histérica. Abigail, a mais nova, era parente do ministro religioso, Samuel Parris, vivia em sua casa e, por isso, estava mais sujeita à influência de Tituba. As duas garotas rosnavam e rangiam os dentes, aparentemente sem qualquer razão lógica, rolando pelo chão. Por vezes, agiam como se acreditassem estar sendo transformadas em animais. Esses sintomas começaram a se espalhar pelas outras crianças da comunidade. Os adultos, imediatamente, se convenceram de que as crianças tinham sido enfeitiçadas.”

O artigo detalha a história deste caso, do início ao seu desfecho, que teria um saldo final de 34 pessoas executados sob acusação de feitiçaria.  Por fim, a população e seus representantes reconheceram o erro de seus atos como podemos ler a seguir:

“Uma revolta geral eclodiu em todo o país. Em Salém, os magistrados que tinham iniciado os processos admitiam os erros, entre lágrimas e lamentações. Até então ninguém tinha duvidado da existência de bruxaria. Thomas Brattle, um comerciante de Boston, foi o líder do movimento de volta à racionalidade, dali por diante, a América colonial e, mesmo depois, a América livre, nunca mais teve a coragem de condenar alguém por feitiçaria”.




Adriano Zaulkauskas, aluno do sétimo semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.


sexta-feira, 13 de março de 2015

Noite luxosa pelos 219 anos


A noite do dia 13 de setembro de 1986, em Piracicaba (SP), foi regado com muito luxo e glamour. O lançamento da cartilha “História de Piracicaba em Quadrinhos”, do professor Guilherme Vitti, marcou o encerramento das solenidades comemorativas aos 219 anos de fundação do município, reunindo autoridades e convidados. Foram distribuídos 35 mil exemplares às escolas da cidade.

O evento contou com corte simbólico de bolo, ‘parabéns à você’ e homenagens à cidadãos, prefeitos e empresas.

Mais informações sobre a celebração pode ser encontrada em recorte do jornal ‘A Gazeta Esportiva’, no acervo do pesquisador Jair Toledo Veiga.

Leia abaixo informações escritas na cartilha:




“Piracicaba nome indígena. Quer dizer Queda D’àgua em degraus ou paragem de peixes;
A primeira referência histórica no local no pedido de Sesmaria feito pelo Pedro M. Cavalcanti, em 1693;
Mas quem andou por aqui abrindo caminho para as minas de Cuiabá foi Luís Pedroso de Barros – 1726;
Em 1728, Felipe Cardoso obtinha Sesmaria junto ao salto, sendo assim o primeiro povoador, de fato, de Piracicaba;
Opuserem-se os índios à invasão. O piracicabano Manoel Corrêa Arjão, concorreu para afastá-los em 1733;
Na fronteira paraguaia, fundou-se a colônia militar de Iguatemi e, para sustentá-la, criaram-se povoações em seu caminho”.





Reinaldo Diniz, aluno do quinto semestre do curso de Jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Jair Toledo Veiga.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Tiro acidental


Em 1865, Francisca, escrava de Francisco Correa de Godoy, foi morta por uma tiro de espingarda. No processo, as testemunhas, inclusive uma carta escrita e assinada pelo fazendeiro, tentam esclarecer o ocorrido.

Segundo os informantes, o crime aconteceu por pura casualidade. Adão, também escravo de Godoy, foi matar uma cascavel dentro da senzala. Lá, ele se armou de uma espingarda e, no meio da correria, Adão esbarrou a arma em uma porta, atirando sem querer em Francisca.  Muitas são as testemunhas, inclusive escravos.

De qualquer forma, o processo contém algumas lacunas. No começo, o fazendeiro e sua esposa, explicam que receberam Adão em sua casa e que ele avisou que havia encontrado uma cascavel dentro da senzala. Godoy pede para que Adão vá então matar a cascavel com um pau, e diz que não deu a espingarda, pois não tinha uma em casa. Nenhuma testemunha explica como uma espingarda foi parar na mão de Adão.

Outro detalhe que chama a atenção ao ler o processo é a forma preconceituosa como os agentes de polícia se referiam a Francisca, termos como “crioulinha”, “rapariga” são freqüentes no texto. Inclusive, o termo “crioulinha” foi usado pelos agentes, e talvez também pelas testemunhas, no lugar do nome da filha de Francisca, de seis anos. Francisca tinha entre 16 e 18 anos, assim como Adão.


Esses processos crimes são fontes de pesquisa riquíssimas para se entender o cotidiano e as relações de poder de uma Piracicaba que vivia do trabalho escravo e das grandes plantações de cana. Aqui, no Espaço Memória, temos mais de 13 mil processos que datam de 1801 a 1946.


Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracabana.
Pesquisa realizada no acervo do Fórum.