Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Surpresa na primeira edição do Salão Universitário


A 23ª edição do Salão Universitário de Humor de Piracicaba (SP), realizado pela UNIMEP (Universidade Metodista de Piracicaba), está na reta final, mas no post desta semana, o blog Acervos Históricos relembra a primeira edição divulgada no ‘O Diário’, em 1992.

Divulgação/Acervo Salão Universitário de Humor


No dia cinco de maio, a Comissão Organizadora, presidida pelo professor Adolpho Queiroz, recebeu 209 trabalhos, entre cartuns, histórias em quadrinhos, charges e caricaturas, que concorreram a US$ 2 mil dólares em prêmios. O número foi uma surpresa para a equipe.

“Isso siginifica que Piracicaba vai ganhar mais um espaço dentro do humor gráfico no Brasil, contribuindo, sem dúvida, para revelar novos talentos para o humor com este salão destinado somente aos universitários”, disse Queiroz, em entrevista ao jornal.

Divulgação/Acervo Salão Universitário de Humor
Diante do número de trabalhos apresentados, a Comissão Organizadora, segundo o periódico, teve que discutir a possibilidade de realizar uma pré-seleção.

A reportagem também mostra que “a crítica social se acentua nos trabalhos, a partir das visões que esta nova geração de cartunistas e quadrinistas expressa sua preocupação com relação a temas novos como a hegemonia política e econômica dos japoneses, a miséria e a recessão brasileira, a ecologia e o mercado de trabalho para os futuros profissionais”. A mostra também ficou exposta no Hall do Teatro Municipal da cidade.


23º Salão Universitário

A edição de número 23 já está em cartaz, no átrio da biblioteca no campus Taquaral da Universidade, reunindo 96 trabalhos selecionados. Fique ligado! O período de exposição segue até o dia 15 de agosto. Saiba mais no link: http://migre.me/qT4Xg.


Reinaldo Diniz, é aluno do sexto semestre do curso de Jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo do jornal ‘O Diário’.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Um caso de estelionato

No ano de 1940, Marcilio acionou a justiça contra Antonio, acusando-o de estelionato. Segundo a denúncia, Antonio aproveitou da ingenuidade e da boa fé de Marcilio (que já estava em idade avançada) para agir com manobras fraudulentas que resultaram na extorsão de várias quantias em dinheiro. Marcilio perdeu uma chácara e um terreno, ambos em Piracicaba.  

No processo, Marcilio explica que Antonio se hospedou em sua casa como inquilino e, por fim, acabaram se tornando amigos. Sabendo que Marcilio tinha uma ação na justiça, Antonio o levou para conhecer um advogado que, segundo ele, seria alguém melhor para trabalhar com o processo, do que o advogado que já estava trabalhando na causa. Para contratar tal advogado, Antonio pediu uma quantia em dinheiro.
Com o passar do tempo, Antonio foi pedindo quantias maiores em dinheiro, esgotando todas as economias de Marcilio. A ironia é que Marcilio passou a emprestar dinheiro de Antonio, com o intuito de quitar as dividas causadas pelo próprio Antonio.  Como cartada final, Antonio informou a Marcilio que ele tinha perdido a causa na justiça e que em breve perderia todos os seus bens. Quando foi comunicar o advogado da venda da chácara, Marcilio descobriu que na verdade tudo não passava de um golpe de Antonio. O tal advogado explicou que nunca tinha ouvido falar do processo.
Antonio era funcionário da estrada de ferro Sorocabana e tinha uma pequena renda por mês. Em seu depoimento, negou que haveria agido de má fé com seu amigo.
Foram ouvidos no processo mais de 10 testemunhas, entre elas, vizinhos, o advogado e os escriturários que fizeram a transferência dos imóveis, assim como a vítima e o estelionatário. Por fim, o juiz da comarca sentenciou Antonio como culpado, sendo ele condenado a dois anos e seis meses  de prisão.
O Processo tem mais de trinta páginas, contendo descrições, sentenças, depoimentos, um pedido de habeas corpus por parte da defesa e um alvará de soltura para o réu, que não permaneceu por muito tempo no xadrez.
Este é um entre os 13 mil processos que fazem parte do acervo do Fórum, presente no Espaço Memória do Centro Cultural Martha Watts, para conferir a lista de processos acesse o link:




Adriano Zaulkauskas, aluno do sétimo semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo O Diário.


segunda-feira, 13 de julho de 2015

Um pouco de leveza


Dentro da biblioteca de Rocha Netto, encontrei um livro que me chamou bastante a atenção.
“Um pouco de leveza” é um livro de crônicas escrito por Lígia Karam Spenassatto. A apresentação do livro foi feita pelo cronista, poeta, autor teatral e professor de redação Jaime leitão, “Quando leio as crônicas de Lígia Karam, sinto-me muito mais leve do que de costume. É como se suas palavras tivessem (e na verdade têm) o poder de remover a angústia que me assalta no dia-a-dia, uma preocupação qualquer, algo desagradável”.



Na crônica “Ladrão de jornais”, a autora relata sua insatisfação e indignação por ter seu jornal furtado diariamente. “Veja bem: uma cidadã trabalha toda semana e, justo no domingo, quando tem tempo suficiente para ler, saboreando as cônicas do Jaime, da profa. Ivanira, do Chagas, do Prof. Pezzotti, os sapinhos do Perci, o seu jornal some? Isso é uma maldade sem tamanho. Ainda maior se a banca da esquina já estiver fechada. Aquela banca que você, se não quer ser assinante, mas gosta de ler seu jornalzinho, deveria frequentar”.




São 52 crônicas que prendem a atenção do leitor de uma forma sutil e divertida.




Daniela Boaventura, aluna do quinto semestre de Jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Revista Mirante


Em 1957 surgia uma nova revista em Piracicaba intitulada de “Mirante”. Ela foi precursora de diversas outras revistas na cidade. Nela os temas eram diversos: futebol, poesia, contos, artes, desfiles de moda, atualidades, acontecimentos cotidianos na cidade, entrevistas com personalidades piracicabanas. 
No acervo João Chiarini temos alguns exemplares dessa revista que, infelizmente, teve pouco tempo de vida (circulou apenas 4 anos).
A revista era mensal e custava 10 cruzeiros.








Pesquisa relizada no acervo João Chiarini.