Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Imagens que contam nossa história



No século passado, com o forte movimento progressista, vimos em nossa cidade muitas mudanças arquitetônicas e urbanas e ,com isso, a transformação(e até a demolição) de muitos prédios da área central de Piracicaba.

Pesquisando no acervo fotográfico de João Chiarini, podemos encontrar muitas imagens de uma Piracicaba antiga, que já não existe mais ou que passou por grandes modificações. Uma dessas grandes mudanças foi a construção da nova Igreja Matriz de Santo Antonio, que teve inicio em 1946, e foi inaugurada em 27 de dezembro de 1950. Como podemos ver na foto a antiga matriz, que possuía apenas uma torre. Acreditava que se a igreja tivesse duas torres seria mais imponente.



A matriz Nossa Senhora da Conceição, de um dos barros mais antigos e conhecidos de Piracicaba, a Vila Rezende, nem sempre foi como a conhecemos.


Um exemplo de prédio histórico que foi demolido sem qualquer razão aparente, foi o Teatro Santo Estevam. Localizado na praça José Bonifácio, construído pelo Barão de Rezende, foi demolido na década de 50. Hoje só podemos ver por essas fotos abaixo como ele era.





É uma pena e muito triste para a cidade e sua história que monumentos de tão grande importância sejam simplesmente derrubados e caiam no esquecimento. 
Essas imagens e muitas outras podem ser vistas no Espaço Memória Piracicabana no Centro Cultural Martha Watts.


Maycon Costa, aluno do 1° semestre do curso de história da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.


segunda-feira, 23 de maio de 2016

João Chiarini agredido


Você deve conhecer ou já deve ter ouvido falar em João Chiarini. Político, jornalista e folclorista de Piracicaba e seu acervo, hoje, pertencente ao Centro Cultural Martha Watts. Porém o artigo de hoje não abordará nenhum documento de seu acervo, mas sim um processo criminal no acervo do Fórum envolvendo este ilustre piracicabano, no período com 23 anos.

Era 8 de abril de 1943, João Chiarini procurou a delegacia para registrar queixa de agressão contra o senhor Antidio de Almeida.

No dia anterior, Chiarini estava trabalhando na organização de um festival de violão realizado no (hoje extinto) clube Santo Estevão. No meio do festival foi abordado pelo senhor Antidio, funcionário municipal responsável pela cobrança de taxas referentes a direitos autorais.  Após uma breve discussão no hall de entrada, pois o folclorista não aceitava o valor das taxas, Chiarini voltou aos afazeres da organização e o funcionário ficou conversando com outras pessoas no local.
Horas depois, ambos se encontraram na sala do caixa do teatro, segundo Chiarini, após uma discussão foi lhe desferido um soco, no qual acabou resultando na quebra de seus óculos. Antidio negou em depoimento a agressão, dizendo que Chiarini havia se assustado com um movimento que fez, caindo em cima dos óculos e batendo a cabeça em uma viga.
O processo possui depoimentos dos dois envolvidos e de quatro testemunhas, que não viram a agressão. Por este motivo, Antidio foi considerado inocente da acusação. Abaixo, segue imagens da conclusão do processo.





Adriano Zaulkauskas, aluno do oitavo semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Fórum.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Último adeus!


No dia 28 de outubro de 1983, o engenheiro agrônomo e ex-presidente do XV de Piracicaba, Romeu Ítalo Ripoli veio a falecer vítima de um câncer no pulmão.
Rípoli tinha como seu maior orgulho ter proporcionado ao XV de Novembro sua primeira excursão à Europa, onde naquele tempo apenas os grandes clubes tinham esse privilégio. 

Nessa excursão o clube passou pela extinta URSS, Polônia, Alemanha e Suécia.
Durante sua gestão, marcado pelo amor ao clube, Rípoli arranjou muitas brigas na Federação Paulista e até na CBF, mas porque sempre defendia seu clube do coração. Foi presidente do clube por 14 anos e também foi um dos coordenadores do projeto de construção das arquibancadas do estádio do clube. Além disso, em 1954, deu o pontapé inicial para a construção do ginásio Waldemar Blatkauskas.

Rípoli foi um daqueles dirigentes folclóricos do futebol, sua maior vontade era recolocar o XV de Piracicaba na elite do futebol. Um dia antes de morrer ele deu uma entrevista ao jornalista José Acácio Bueno de Camargo dizendo “Se eu conseguir recolocar o Piracicaba na Primeira divisão do futebol paulista posso morrer tranquilo”.

Rípoli com certeza teria ficado orgulhoso, mesmo vindo a falecer 1 mês antes, o XV foi campeão da série A2 num jogo eletrizante. Os jogadores deram a volta olímpica e fizeram uma homenagem ao folclórico ex-presidente do clube.





Fábio Barros Martins, aluno do 3º semestre de Publicidade e Propaganda da UNIMEP
Pesquisa realizada no Acervo Rocha Netto.



segunda-feira, 9 de maio de 2016

Cornélio Pires


Cornélio Pires (1884-1958) foi um empresário, escritor, jornalista e folclorista brasileiro. Pires passou a vida toda registrando e divulgando a vida sertaneja e caipira. Seus costumes, músicas estão todas registradas em seus livros. Cornélio Pires também produziu alguns documentários como “Brasil Pitoresco” e “Vamos Passear”.  




Segundo Chiarini, o filme “Vamos Passear” foi o primeiro filme sonoro feito de forma independente no Brasil. João Chiarini, outro estudioso do folclore brasileiro, tinha grande interesse nas obras de Cornélio. Aqui em seu acervo encontramos alguns livros:



Quer saber mais sobre a vida e obra de Cornélio Pires? É só visitar o acervo João Chiarini, no Espaço Memória Piracicabana.

Indico também esse site http://www.corneliopires.com.br/  Instituto Cornélio Pires, fundado na cidade de Tietê em 2012.



Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

PAZ PERICLITANTE?


PODERIA O TOTALITARISMO DOMINAR A EUROPA NOVAMENTE?

Esta era a preocupação do primeiro ministro inglês Winston Churchill, que esteve no comando da Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial. Após o conflito ele declara:

 ‘’ De pouco valeria a punição dos hitleristas pelos crimes que cometeram, se o direito a justiça não vigorassem e se os governos totalitários  ou regimes policias tomassem o lugar dos invasores germânicos. ‘’ 

 A matéria publicada no jornal  “O Diário de Piracicaba” pelo colunista Oscar Vilança, no dia 17 de maio de 1945, nem um mês após o final do conflito mundial, retrata a preocupação das principais lideranças mundiais, com o rumo que o continente europeu  iria tomar. Outro governo totalitário poderia surgir naquela nação? Ou nos demais países europeus ? Para o premier britânico isso era eminente.

 Devido o provável conflito na Europa, Vilança destaca:

“Se essa velha  ‘courtisanne’ da Europa não pode viver sem o violento entorpecente dos conflitos armados, urge evitar que os povos livres e pacíficos das Américas sejam comparsas da nova orgia sangrenta que se prepara lá.’’


Para mais informações a respeito desse assunto, temos para consulta, no Espaço Memória Piracicabana, o acervo do Jornal O Diário.


Maycon Costa, aluno do 1º semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo O Diário.