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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Os dois valentes


Oferecido por Francelino Germano de Oliveira a Olegário José de Godoy, a rima “Os Dois Valentes”, cantada provavelmente em Cururu, narra em seus versos uma situação muito cotidiana. Na venda de Pedro Vieira, Constante de Tal pediu uma pinga da qual não pagou. O enredo da história discorre ao ponto de ambos entrarem em uma briga e, por estarem armados e alcoolizados, trocaram tiros.

 “Constante [...] já estava prevenido

 [...] Atirou Pedro no peito
Que ficou muito offendido,
Assim mesmo atirado
Pedro foi um destemido.


Offendido mortalmente
Nem assim perdeu o tino,
Derriçou os 5 tiros
Naquelle seu assassino.
O Constante e Pedro Vieira
Fizeram papel de menino,
Por 200 reis de pinga
Tiveram um fatal destino.”


A rima ainda continua num tom de instrução aos seus leitores e ouvintes, usando o exemplo dos camaradas para os malefícios da bebedeira, que geram brigas sem motivo. Diz “Um homem que bebe muito sempre é desacreditado”. Esse é mais um dos tantos exemplos de rimas recitadas em Cururus e por cantadores para informar o povo e alertá-los de situações do cotidiano.

Nathália Cristina da Silva, aluna do 6º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

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