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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Os donos cantadores da palavra

Os cantadores, em suas andanças pelo Nordeste, cantavam versos pelos sertões, acompanhados de uma viola ou rabeca, usando, muitas vezes, tons de ironia em suas falas “autênticos comentaristas da nossa vida primitiva”.

Compositores de muitos materiais folclóricos, cantando por horas intermináveis de improviso e poesia sertaneja, tem sua história registrada nessa matéria por Leonardo Mota, pesquisador dedicado aos cantadores e ao folclore e que os conheceu com intimidade “convivendo com eles de igual para igual”.

“Tem duas coisas no mundo
Que eu nunca pude entendê:
É Pade i pro inferno,
Outra é Doutô morre.
Avoa, meu caboré,
Penera, meu gavião,
Palmatora quebra dedo,
Palmatora faz vergão,
Quebra os osso e quebra a carne
Mas não quebra opinião!”

- Versos de Anselmo, “analfabeto, sempre fez versos influenciado pelos desafios e cantigas que ouvira em sua meninice”, foi o mais famoso vate matuto da região do norte do Ceará.

Esse material pode ser pesquisado no acervo João Chiarini, em sua Hemeroteca. Nela pode ser encontrado panfletos de festas folclóricas, artigos e muito mais sobre o tema.

Nathália Cristina da Silva, aluna do 6º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.


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