Em
decorrência do centenário da elevação para freguesia de Rio das Pedras em 17 de
maio de 1889, antes desta data sendo um vilarejo pertencente a Piracicaba, o
genealogista Jair Toledo Veiga, escreveu 3 páginas com o título “Colonos portugueses
em Rio das Pedras’’. Foi uma pesquisa acerca da formação econômica e étnica de
Rio das Pedras.
No
ano de 1874 o doutor bacharel em direito João Tobias de Aguiar e Castro, filho
da Marquesa de Santos com o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, adquiriu uma
fazenda nos arredores da então capela dedicada ao Bom Jesus. Mudando sua
residência para Piracicaba em 30 de maio de 1882, dois anos antes já havia
comprado outra propriedade próxima a sua, a fazenda Palmeiras com 24.000 pés de
café, unificando as propriedades, deu-se a fazenda Nova Java.
Talvez
tendo em vista a eminente abolição, cujo os rumores se espalhavam pelo império
brasileiro, o Dr. João Tobias compareceu no 2° cartório de notas local, visando
a contratação de 100 portugueses para o trabalho em suas lavoras de café,
vindos da ilha de São Miguel, pertencente ao então reino de Portugal. Prática
essa de contratação de imigrantes, adotadas por muitos fazendeiros,
principalmente nas propriedades paulistas produtoras de café no final do século
XIX.
No
penúltimo parágrafo, Jair Toledo Veiga faz detalhada descrição de como estava
Rio das Pedras no ano de sua elevação a cidade no ano de 1894. O relato nos dá
o número de casas urbanas, imóveis comerciais e industriais, estes voltados a
atender a demanda agrícola, o número de habitantes, 10 mil, e a existência de
11 ruas. Destaca as três olarias existentes, todas com nomes de Italianos,
sendo uma população em número expressivo, reforçando o que já é sabido de nossa
região e na historiografia de imigração, o grande número de colonos portugueses
e italianos no Estado de São Paulo.
Maycon Costa, estudante do 3º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo Jair Toledo Veiga.
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