No jornal
O Diário de Piracicaba, do dia 26 de novembro de 1935, se encontra a seguinte manchete
“Movimento subversivo no Norte do Paiz,
violento movimento subversivo, de
caracter extremista irrompeu, na madrugada de ante hontem em Pernambuco e no
Rio Grande do Norte...”. A revolta ocorreu de 23 a 27 de novembro daquele
ano e tomou, inicialmente, o 21°B.C. (Batalhão de Caçadores do Exército
Brasileiro) na cidade de Natal e estourou em outras regiões como Maranhão,
Recife e Rio de Janeiro.
Esta
insurreição recebeu ao longo dos anos outros nomes como: Intentona Comunista de
35, Revolução Comunista de 35, Levante Antifascista, entre outros.
Na reportagem está descrito que o
território brasileiro ficou em Estado de Sítio por trinta dias, ou seja, o
governo suspendeu os direitos civis, como a liberdade de ir e vir, em prol de
se proteger contra uma possível ameaça, neste caso, do comunismo.
Na
publicação há declarações como o do chefe da polícia do Rio de Janeiro, o
Capitão Filinto Muller “Não há motivo de
alarme. O governo está senhor da situação. Tudo que ocorrer irá sendo
communicado ao publico, por intermedio da imprensa”.
O jornal também noticiou que a polícia do Rio de Janeiro
captou um rádio da estação de Olinda que estava em domínio dos revoltosos,
transmitia a seguinte mensagem: “O
Brasil, de norte a sul, está em nosso poder. Viva Luiz Carlos Prestes”. Luiz
Carlos Prestes foi um importante líder comunista do movimento tenentista (Coluna
Prestes). Seus membros eram contra o Governo de Getúlio Vargas, ele foi preso
em 1936 e permaneceu por 9 anos na prisão (Morais, Fernando. Olga. 11ªedição.
São Paulo, editora: Alfa Ômega, 1986).
Como
após o dia 27 de novembro não houveram outras publicações sobre o assunto, não
é possível saber pelo “Diário” o desfecho da situação, apenas que, o jornal O Globo do Rio de Janeiro noticiou que a
polícia prendeu vários “alliancistas” e que estava à procura de outros.
Ana
Paula das Neves, aluna do 5º semestre do curso de História da Unimep.
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