Durante
esse mês de abril separamos alguns artigos - publicados na página do Centro
Cultural no Facebook *- sobre a cidade de Piracicaba e muitas informações
curiosas foram encontradas.
Dando
continuação a última publicação, vamos falar mais um pouco sobre os primórdios
do cinema na cidade.
“Foi
o Santo Estevão, o velho casarão da Praça José Bonifácio demolido há anos, o
nosso primeiro cinema permanente. O cinema funcionou de início com a
denominação do próprio teatro, mas em janeiro de 1910 passou a ser chamado
“Theatro Cinema”. A historia dessa primeira casa estável de espetáculos
cinematográficos parece estar ligada, surpreendetemente, à... Santa Casa de
Misericórdia local. Com efeito, o Jornal de Piracicaba de 1908, publica que uma
comissão de mesários da Santa Casa mandaria vir “um apparelho cinematographico
para com elle dar espetáculos em beneficio de obras que se projectam construir
no prédio daquella casa de caridade.” Tal aparelho aqui chegou em dezembro do
mesmo ano. Tratava-se, segundo o “Jornal”, de um “Pathé Freres, que projecta
com nitidez as fitas, sem causar o menor incomodo para o espectador... A
coleção de vistas é muito variada e escolhida, havendo diversas coloridas”.
Dado o seu caráter beneficente , o aparelho foi denominado “Cinematographico
Charitas” e sua primeira projeção publica ocorreu a 5 de dezembro de 1908.” (Jornal de Piracicaba, 1961)
O
segundo cinema de Piracicaba, que fazia concorrência com o Santo Estevão, foi o
Bijou Theatre.
“Os
preços para a sessão de estreia do Bijou, realizada às 21 horas, eram:
camarotes 5$, cadeiras 1$ e geral 500 reis. E o cinema do Santo Estevão, para
enfrentar a concorrência, passava a anunciar, nos intervalos, execuções das
modinhas em voga, a cargo da Banda Carlos Gomes, e distribuição de brindes aos
frequentadores: relógios de algibeira, despertadores, bonecas ...”
No
início do século XX Piracicaba pode assistir as mais importantes produções
nacionais e internacionais. Filmes como “O crime da mala”, “O crime da Rua
Carioca (os estranguladores Rocca e Carletto)”, filmes baseados em crimes
notórios da época, “Façanhas de um louco”, “Velhos Merchantes”, e diversos
outros filmes.
Vivian
Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa
realizada no acervo João Chiarini.
Olá, estou pesquisando as origens de minha família e soube que o Theatro Santo Estêvão foi gerido por uma empresa de nome Canto & Claes, posteriormente denominada Claes & Companhia. Vc saberia me informar onde posso localizar maiores informações à respeito? Desde já agradeço!
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