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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Pena de morte em Piracicaba


No dia 9 de setembro de 1861, Francisco e Quintino (escravos) de Antônio José da Silva Gordo (sogro dos Moraes Barros) foram sentenciados a pena de morte.

Sem nenhum direito de resposta, foram sentenciados pelo assassinato de 5 pessoas, e de acordo com a lei do império de 10 de junho de 1835,
“ A Regencia Permanente em Nome do Imperador o Senhor D. Pedro Segundo Faz saber a todos os subditos do Imperio que a Assembléa Geral Legislativa Decretou, e Ella Sanccionou a Lei seguinte:
Art. 1º Serão punidos com a pena de morte os escravos ou escravas, que matarem por qualquer maneira que seja, propinarem veneno, ferirem gravemente ou fizerem outra qualquer grave offensaphysica a seu senhor, a sua mulher, a descendentes ou ascendentes, que em sua companhia morarem, a administrador, feitor e ás suas mulheres, que com elles viverem.
Se o ferimento, ou offensaphysica forem leves, a pena será de açoutes a proporção das circumstancias mais ou menos aggravantes.
Art. 2º Acontecendo algum dos delictos mencionados no art. 1º, o de insurreição, e qualquer outro commettido por pessoas escravas, em que caiba a pena de morte, haverá reunião extraordinaria do Jury do Termo (caso não esteja em exercicio) convocada pelo Juiz de Direito, a quem taes acontecimentos serão immediatamente communicados.
Art. 3º Os Juizes de Paz terão jurisdicção cumulativa em todo o Municipio para processarem taesdelictos até a pronuncia com as diligencias legaes posteriores, e prisão dos delinquentes, e concluido que seja o processo, o enviaráõ ao Juiz de Direito para este apresenta-lo no Jury.”
No processo não é citado qual era o modo de execução da pena mas, mediante pesquisas, os modos de tortura mais usados em escravos eram açoites no tronco até a morte, forca e até eram deixados sem comida e água para morrerem. Em Piracicaba existia uma forca, mas segundo registros ela nunca foi utilizada.

Fábio Barros Martins, aluno do 3º semestre de Publicidade e Propaganda da UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo do Fórum


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