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sexta-feira, 25 de abril de 2014

O adeus a Luciano Guidotti



Foi numa tarde de domingo, exatamente no dia 07 de julho de 1968, às 16 horas, que Piracicaba recebe a notícia da morte do então prefeito da cidade, Comendador Luciano Guidotti. Vítima de um enfarto, Guidotti deixou uma dezena de condecorações e mais de cinqüenta diplomas honoríficos.




O acontecimento
Por volta de meio-dia, o prefeito almoçou no lar dos Velhinhos, na companhia do antigo Bispo Diocesano de Piracicaba, Dom Ernesto de Paula.
Às 14 horas, Guidotti retornou a sua residência onde pretendia repousar, até que começou a sentir-se mal.
Seu médico particular fora chamado, aplicando-lhe massagens cardíacas. A luta do Dr.José Eduardo de Mello Ayres redundou em vão, pois Guidotti não resistiu.
Segundo pessoas presentes, enquanto o médico lhe prestava assistência, o prefeito, em plena lucidez disse “Não adianta mais. Chegou a minha vez”.
A prefeitura, por meio do vice-prefeito Nélio Ferraz de Arruda, declarou luto por três dias e ponto facultativo nas repartições municipais, nos próximos dois dias que se seguiram o falecimento.




A última missa
Às 5h10, do dia 08 de julho, a Santa Missa pela alma do Comendador Guidotti, foi celebrada pelo Dom Aniger Melilo e outros co-celebrantes, na Catedral de Santo Antônio.
Ao iniciar-se a liturgia, o Céu estava encoberto. No momento exato em que um dos celebrantes iniciava a leitura da Epístola, o Sol começou a aparecer em toda sua plenitude. Foi quando o celebrante lia um trecho da bíblia: “A luz perpétua o ilumine!”.
Cerca de 2.000 pessoas comprimiam-se dentro do templo.
Repórteres do jornal "O Diário" relataram que foi preciso acudir um dos coroinhas que engasgava com a abundância da fumaça que saía do turíbulo.
O sepultamento ocorreu às 18 horas, sendo a última palavra do empossado prefeito Ferraz de Arruda:  “Luciano, adeus!”.
Mais informações sobre a morte do prefeito Luciano Guidotti, entre outras informações, pode ser encontrada no acervo do extinto jornal O Diário (1935-1992), localizado aqui no Centro Cultural Martha Watts.



Reinaldo Diniz, aluno do terceiro semestre de Jornalismo, na UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo O Diário.

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