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terça-feira, 19 de junho de 2012

Golpe mal sucedido



No dia doze de janeiro de mil novecentos e quarenta e dois  no cartório de Santa Barbara, Maria, mãe da vitima entra com um processo contra o namorado de sua filha por defloramento. Eles mantinham um relacionamento de dois meses, sendo ela  menor e ele maior idade.
 O culpado em seu primeiro depoimento declara que, seduzi-o a menor com a proposta de casamento e que a amava, mas no dia seguinte reabre o seu depoimento e diz que não “desvirginou” a vitima, que essa já não era virgem antes de telo conhecido e volta atrás com o pedido de casamento.
Foram feitos exames de delito na vitima, e a ouve a constatação de que ela sofrera de abuso, mas não podiam constatar que foi o acusado que a deflorou. O exame constatava que o defloramento era antigo; foram ouvidas testemunhas que declararam que o casal andava por lugares escuros e muitas vezes fumando, isso provava que eles não tinham um namoro com uma boa índole desde começo.
Uma das testemunhas relata que a vítima já namorava antes de conhecer o seu atual par e que ainda eram noivos mesmo conhecendo R.G.. No processo ha uma foto com o antigo namorado no quintal de sua casa, mas a menina afirmava que não eram noivos, eram apenas namorados e que tinha acabado o seu relacionamento um pouco antes de conhecê-lo.
 Sua mãe entra com a alegação de que eles eram de uma família de miseráveis e não possuíam dinheiro, ofereceriam ate seus imóveis para casar com o acusado Só que não conseguiram se passar por miseráveis, pois eram donos de um bar e antigos donos de um bordel em Limeira. A suposta vítima também se contradisse em seus testemunhos, provando que mentia, chegando a ser considerada pelo juiz com uma menina de má índole, largada e filha de uma pilantra. No final do caso, o acusado  foi inocentado do crime.

Leniara Santos, aluna do terceiro semestre de História da UNIMEP.
Acervo: Fórum 

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