Em
uma matéria da revista Fatos & Fotos de 1966, Carolina de Jesus é
entrevistada e questionada sobre o que aconteceu com a venda de seus livros.
Ela tinha sido vista, naquele ano, catando papel e vivendo em extrema pobreza,
mesmo depois de ter vendido milhões de livros (o aclamado “Quarto de Despejo”),
que foi traduzido em 22 países e só no Brasil, até aquele momento, já tinha
chegado a nove edições.
Carolina
respondeu que editores alemães prometeram mais de Cr$ 6 milhões. Porém ficou esperando
em vão e voltou a catar papel na rua por necessidade, pois não tinha dinheiro
algum e precisava sustentar a família.
Com
o pouco que ganho conseguiu comprar um pedaço de terra para plantar algumas
coisas, mas mesmo assim passa necessidade. Segundo Carolina, “Aqui é o quarto
de despejo. Pobre só pode oferecer a mão e a amizade.”
Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto e João Chiarini.
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