No dia 23 de julho de 1919,
Mario Pascini, Angelo Bragaia, Paulo Antonio Ferraz e outros operários foram
detidas por depredarem linhas telefônicas da empresa Bragantina, em Piracicaba.
Segundo conta o processo,
Pascini e os companheiros estavam envolvidos em um “movimento subversivo”. E o
texto segue:
“Quando nos últimos dias de
junho declarou-se a greve dos empregados da companhia Sorocabana Railway,
interrompendo-se completamente trafego e telegrapho, já o primeiro denunciado
Mario Passini e outros haviam-se constituído em reivindicadores dos direitos do
proletariado, fundando nesta cidade a “Liga Operária”, conforme boletins,
annuncios e notícias largamente publicadas no jornal vespertino “A Tarde”
(...).”
Para os promotores do caso,
as linhas telefônicas foram cortadas para que a polícia não fosse notificada
dos movimentos de greve organizados pela Liga Operária. No entanto, os
policiais já acompanhavam os textos do Jornal A Tarde e colocaram informantes
no caso, para conseguirem mais detalhes. A greve geral foi então interrompida e
os participantes da liga foram presos.
Vivian Monteiro,
historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo do Fórum.
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