No
dia 13 de outubro de 1946, em Piracicaba, o Funcionário Municipal Vitorio foi
atropelado por uma locomotiva, pilotada pelo maquinista Julio, nas proximidades
da estação Barão de Rezende. Vitorio faleceu um tempo depois no hospital devido
as graves lesões que sofrera.
No
processo, Julio disse que deixou a estação de trem às 12h20, e prosseguiu viagem até a “ponte seca”, por
onde transitavam os trens do Engenho Central. Logo percebeu que na sua frente,
a 25 metros de distância, caminhava um homem na linha férrea. O maquinista
disse que usou o apito do trem para que o homem percebesse a presença da
locomotiva, porém, sem qualquer efeito, Vitorio continuou caminhando. Assim, a
locomotiva transpôs a ponte do Rio Piracicaba e o maquinista soou o apito
novamente, pois era um regra soar o apito em curvas e finais de pontes, Vitorio
olhou para trás, e foi apanhado pelo pára-choque da locomotiva, sendo atirado
para o barranco ao lado do rio. O maquinista parou imediatamente o trem para
prestar socorro a vítima, providenciando uma ambulância, e neste momento
reconheceu Vitorino.
O
réu em depoimento disse que ao sair da ponte do rio havia uma curva fechada e o
Julio afirmou que não consegue ter uma visão privilegiada de todos os pontos da
rua. Para isso, o trem precisaria estar em certa velocidade nesta parte do
trajeto até chegar na Vila Rezende. Resumindo: Julio afirma não ter visto a
vítima. O que acaba sendo um pouco confuso, pois no começo do testemunho, o
maquinista disse que apitou várias vezes para que o homem saísse da linha do
trem. Nesse processo, quase todos os testemunhos são um pouco confusos.
Vitorio,
como já foi citado acima, mesmo socorrido e transferido ao hospital não
suportou os ferimentos causados pelo trem e pela queda.
Tiago
Favaris, aluno do quarto semestre de Sistemas de Informação da Unimep.
Pesquisa
realizada no acervo do Fórum.
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