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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Não ao Parlamentarismo!



         No ano de 1962, o Jornal “Diário de Piracicaba” fez campanha para os brasileiros votarem “não” no plebiscito que visava manter o sistema de governo parlamentar instalado em 1961.
Parlamentarismo é um sistema de governo em que, diferentemente do presidencialismo, chefe de estado e chefe de governo são funções separadas. O primeiro apenas representa o Estado,  o segundo exerce o Poder Executivo e quem escolhe o Presidente é o Parlamento e não o povo.
Diário de Piracicaba - 16/12/1962

Diário de Piracicaba, 30/12/1962

O Parlamentarismo foi instalado no Brasil depois da renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, sendo assim o vice-presidente João Goulart deveria assumir o seu lugar. No entanto, Goulart estava em uma viagem a China e o próximo na linha de sucessão seria o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazilli, que acabou assumindo o cargo.  
Em setembro de 1961, através de uma manobra política do Congresso Nacional, foi implementado o Parlamentarismo e João Goulart foi empossado como Presidente, porém sem os mesmos poderes do cargo no presidencialismo, pois agora havia Primeiro Ministro que detinha o poder de governo.
Diário de Piracicaba, 23/12/1962

Diário de Piracicaba, 16/12/1962

O povo brasileiro mostrou sua insatisfação com o Parlamentarismo, houve recessão da economia no país e a situação se tornou insustentável. Sendo assim João Goulart criou um plebiscito que foi votado no dia 6 de janeiro de 1963, para que definitivamente fosse banido o Parlamentarismo. Doze milhões de brasileiros foram às urnas e 80% votaram a favor do presidencialismo que foi instituído novamente. Goulart foi empossado novamente como Presidente, ficando no poder até ser derrubado pelo golpe militar em 1964.




Tiago Favaris, aluno do sexto semestre de Sistemas de Informação.
Pesquisa realizada no acervo O Diário.

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