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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

“Intruido: Carnaval da roça do qual só me resta saudades”.



Em uma matéria feita pelo jornal “Cruzeiro do Sul”, em 02 de março 1976, Benedicto Cleto, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba, relata como era o carnaval da roça nessa cidade do interior paulista.
No texto, é relatado que as crianças para festejarem o carnaval brincavam de roda-roda, pega- pega, corre cutia, passa anel, guerrinha de farinha e muitas outras que com o tempo perderam o costume de brincar
O que mais incomodava era a guerra de farinha ou de polvilho que eram jogados um nos outros até que um ficasse “cego” ou engasgasse com a farinha, e depois disso vinha o jato d’água, que muitas vezes não estava tão limpa. Quem reclamasse levava mais, então o jeito era entrar na brincadeira, nem se respeitavam as senhoras ou os senhores que saíssem de suas casas, pois se não quisesse se sujar não deveria sair de casa.
E ao anoitecer, as pessoas se juntavam em frente das casas a luz de tochas feitas sobre os bambuzais, e saiam às ruas com máscaras e fantasias espalhafatosas, alguns homens vestidos de mulheres e vice e versa, e em meio à festança eles cantavam ao som da viola cantigas singelas de um povo humilde e feliz.
             “Era o intruido, era o carnaval da roça, de que hoje só me resta saudades”.
Essa é uma das reportagens que podemos encontrar  no acervo João Chiarini, além de  documentos sobre folclore , cultura popular, correspondências pessoais, monografias e livros de variados fins.

Leniara da Silva Santos, aluna do terceiro semestre de história na Unimep.
Pesquisa realizada no Acervo: João Chiarini

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