Em
1994, Maurício Cantoni (com ajuda de Rocha Netto) foi responsável por contar um
pouco sobre a história do XV de Piracicaba na revista do clube.
Sobre
o profissionalismo do XV, Cantoni escreve que:
“No
amadorismo o XV ganhou quase todos os títulos do Campeonato da cidade de
Piracicaba até o ano de 1946, quando também disputava os regionais. No entanto,
a história do clube começou a se desenhar com linhas coloridas no dia 11 de
março de 1947, quando o Conselho Deliberativo do XV aprovou seu ingresso na
divisão profissional, como um dos fundadores do futebol remunerado do interior,
contando com o fundamental apoio do presidente da Federação Paulista de
Futebol, Roberto Gomes Pedrosa (goleiro da seleção brasileira de 1934). O alvinegro
sagrou-se campeão deste certame, mas como em 1947 ainda não estava em vigor a
Lei de Acesso, o clube teve de se contentar em ser apenas “o primeiro campeão profissional
do interior do estado”. Presidido em 1948 por Gerolamo Ometto, o XV disputou o
primeiro campeonato que dava acesso à divisão de elite do futebol paulista,
atuando ao lado de 48 equipes do interior, distribuídas em 3 séries de 14. O alvinegro
sagrou-se campeão da série preta com 14 pontos ganhos e enfrentou, nas
eliminatórias entre os líderes, o Rio Pardense no Campo do Juventus, vencendo-o
por 2 a 1, suplantando ainda o Linense no Parque Antártica pela elástica
contagem de 5 a 1. O XV se tornou bicampeão profissional do interior com time
inesquecível, composto por Ari, Elias, Idiarte, Cardoso, Strauss, Adolfinho, De
Maria, Sato, Picolino, Gatão e Rabeca. O XV teve dois técnicos nesta temporada:
Moacir de Moraes e Eugenio Vianni. Segundo o jornalista Delphim Ferreira da
Rocha Netto, profundo conhecedor da história do clube, foi no ano seguinte que
o alvinegro recebeu o apelido de “Nhô Quim’. Depois de conquistar o torneio
início em 1949, passando por equipes tradicionais como Nacional, Palmeiras,
Ipiranga e São Paulo o clube piracicabano conquistou grande respeito e prestígio
na capital.”
Essa
e outras histórias do XV de Piracicaba podem ser pesquisadas aqui no Espaço
Memória.
Vivian
Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa
realizada no acervo Rocha Netto.
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