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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Projeto Jari - grilagem e desmatamento na Amazônia

O jornal “O Movimento” de 1979 denunciou o Projeto Jari, uma multinacional construída na Amazônia, na confluência entre o Rio Jari e Amazonas,  por Ludwig, um bilionário norte americano. Tudo em torno desse “projeto” de exploração de celulose se tornou suspeito, incluindo as declaradas relações de Ludwig com o regime ditatorial brasileiro.
“Venha mesmo para o nosso país, Mr Ludwig. O Brasil agora é um país seguro.” Com estas palavras o Marechal Castello Branco recebia em 1967 o milionário norte americano Daniel Ludwig, e lhe abria as portas do país, que é, segundo Otávio Ianni, ‘ uma das mais típicas manifestações da economia política da ditadura instalada no Brasil desde 1964.’’ As ligações políticas, econômicas e exploratórias de Ludwig iam desde relações próximas com Nixon até a fabricação de armas químicas durante a guerra do Vietnã. No entanto, seu império financeiro era proveniente do transporte de petróleo, da exploração de turismo e casas de jogos.

A primeira questão destacada na reportagem é que Ludwig se apropriou ilegalmente de mais de 3 milhões de hectares na Amazônia, um espaço três vezes maior do que ele tinha conseguido inicialmente. Além disso, tudo o que foi criado em torno da sua multinacional no Brasil era baseado na exploração de mão de obra barata e no não pagamento de impostos.
A reportagem detalha todos os segredos por trás do Projeto Jari e tem com fonte o livro “Projeto Jari: a invasão americana: as multinacionais estão saqueando a Amazônia”. Os autores são dois jornalistas e um professor da Fundação Getúlio Vargas: Jaime Sautchuk, Sérgio Buarque de Gusmão e Horácio Martins de Carvalho.
Para quem quiser se aprofundar mais no tema a matéria na íntegra está disponível para consulta aqui no Espaço Memória Piracicabana.

Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo jornal O Movimento.


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