Neste ano, uma das maiores tragédias
que abalou Piracicaba (SP), completa 50 anos. A queda do Edifício Luiz de
Queiroz, conhecido como COMURBA (Companhia de Melhoramentos Urbanísticos), ficará
marcada na memória dos piracicabanos.
Foi no dia cinco de novembro de 1964,
pouco depois das 13h30, que iniciou o “sentimento desesperador gerado pela
perda de muitas vidas e desaparecimento de entes queridos, que traumatizou
dezenas de lares e cobriu a tristeza e abatimento a nossa terra ¨(Jornal “O
Diário”). O prédio não desabou por inteiro, foram anos para que o restante
fosse retirado.
A Santa Casa de Misericórdia da cidade
recebeu os feridos, “aos poucos que haviam escapado com vida”. Em 15 dias foram
encontrados mais de 45 corpos.
Solidariedade
Humana
A população foi certamente elogiada.
Já que após a tragédia “numerosíssimas turmas”
de operários, chegaram para a remoção dos escombros, sendo que, como
disse o matutino: “No início o foi somente a mão”.
O
que dizia o governador?
O então governador do estado de São
Paulo, Adhemar de Barros, compareceu em Piracicaba. A fim de observar “in loco”
a situação catastrófica.
“Nós não vamos discutir o episódio
lamentável. Não vamos lamentar as mortes. Mas vamos chorá-las. Vamos rezar por
elas. Mas vamos providenciar de tal maneira que o restante deste prédio não
construa ameaças para a população”, declarou o governador.
O edifício ficava localizado, onde
atualmente é a Caixa Econômica Federal e Poupatempo Estadual, na Praça José
Bonifácio, centro de Piracicaba. No subsolo ficava o Cine Plaza, um dos cinemas
da cidade.
Local atual onde ficava o Comurba. Foto: Reinaldo Diniz |
Nesse vídeo estão depoimentos de
testemunhas e feridos.
Reinaldo
Diniz, estudante do
curso de Jornalismo da Unimep
Pesquisa de texto realizada no acervo
do jornal O Diário e fotos do
acervo João Chiarini.
Meu Pai é um sobrevivente do desabamento, Marcos Palombo
ResponderExcluirSou Piracicabano, moro em Barra Grande na Penisula de Maraú. Me lembro desse dia!
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