Oferecido
por Francelino Germano de Oliveira a Olegário José de Godoy, a rima “Os Dois
Valentes”, cantada provavelmente em Cururu, narra em seus versos uma situação
muito cotidiana. Na venda de Pedro Vieira, Constante de Tal pediu uma pinga da
qual não pagou. O enredo da história discorre ao ponto de ambos entrarem em uma
briga e, por estarem armados e alcoolizados, trocaram tiros.
“Constante [...] já estava prevenido
[...] Atirou Pedro no peito
Que ficou muito offendido,
Assim mesmo atirado
Pedro foi um destemido.
Offendido mortalmente
Nem assim perdeu o tino,
Derriçou os 5 tiros
Naquelle seu assassino.
O Constante e Pedro Vieira
Fizeram papel de menino,
Por 200 reis de pinga
Tiveram um fatal destino.”
A
rima ainda continua num tom de instrução aos seus leitores e ouvintes, usando o
exemplo dos camaradas para os malefícios da bebedeira, que geram brigas sem
motivo. Diz “Um homem que bebe muito sempre é desacreditado”. Esse é mais um
dos tantos exemplos de rimas recitadas em Cururus e por cantadores para
informar o povo e alertá-los de situações do cotidiano.
Nathália
Cristina da Silva, aluna do 6º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.
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