Os cantadores, em suas andanças pelo Nordeste, cantavam
versos pelos sertões, acompanhados de uma viola ou rabeca, usando, muitas vezes,
tons de ironia em suas falas “autênticos comentaristas da nossa vida
primitiva”.
Compositores de muitos materiais folclóricos, cantando
por horas intermináveis de improviso e poesia sertaneja, tem sua história
registrada nessa matéria por Leonardo Mota, pesquisador dedicado aos cantadores
e ao folclore e que os conheceu com intimidade “convivendo com eles de igual
para igual”.
“Tem duas coisas no mundo
Que eu nunca pude entendê:
É Pade i pro inferno,
Outra é Doutô morre.
Que eu nunca pude entendê:
É Pade i pro inferno,
Outra é Doutô morre.
Avoa, meu caboré,
Penera, meu gavião,
Palmatora quebra dedo,
Palmatora faz vergão,
Quebra os osso e quebra a carne
Mas não quebra opinião!”
Penera, meu gavião,
Palmatora quebra dedo,
Palmatora faz vergão,
Quebra os osso e quebra a carne
Mas não quebra opinião!”
- Versos de Anselmo, “analfabeto, sempre fez versos
influenciado pelos desafios e cantigas que ouvira em sua meninice”, foi o mais
famoso vate matuto da região do norte do Ceará.
Esse material pode ser pesquisado no acervo João
Chiarini, em sua Hemeroteca. Nela pode ser encontrado panfletos de festas
folclóricas, artigos e muito mais sobre o tema.
Nathália Cristina da Silva, aluna do 6º semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.
Nenhum comentário:
Postar um comentário