Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 22 de maio de 2017

A Magia das Águas e os 250 anos de Piracicaba

Rio Piracicaba, 2010. Foto retirada do site mapio.net
Todos que já passaram ou passam por Piracicaba certamente viram, ou, pelo menos, ouviram falar, do grande “Rio Piracicaba”. 
Tratado quase como uma divindade pelos locais o rio se tornou inspiração para muitos artistas; poemas e poesias, quadros e aquarelas, desenhos e gravuras.
De tudo já foi feito em homenagem ao rio durante esses 250 anos!
Quadros da exposição permanente e Exposição "Emaranhados na Margem" no CCMW.

Antes, porém, da própria fundação da cidade os indígenas que por aqui passaram já haviam ocupado certa parte desse trecho da nossa cidade.
No livro “Piracicaba: A Noiva Da Colina”, espécie de almanaque da cidade publicado no ano de 1975, há um trecho que nos conta: 
    “Caçadores, aventureiros, penetrantes, seguindo a força atrativa da água, [os índios Paiaguá] descobriram o sítio, com argúcia congênita, “onde o peixe para”, ou onde o peixe não pode vencer a barreira do Salto, quando a função biológica o impulsiona. Lugar propicio para a pesca fácil, abundante, corriqueira.
     ‘Piracicaba!’ teria sido a interjeição alegórica, o brado vivo, a expressão acomodativa, a ressonância de um porto-seguro, onde a vida repousava[...]”
Foto de árvore logo abaixo da queda do Salto. 2017, Arquivo Pessoal. 

São escassos os registros de tempos tão remotos da história de nossa cidade, mas de certo, se hoje nos impressionamos e nos sentimos agraciados com a presença do “Piracicaba” em nossas terras não há dúvida que os indígenas do séc. XVII, povo muito mais ligado à natureza que a sociedade atual, também se impressionavam.
Foto do Acervo João Chiarini. Rio Piracicaba, Batelões descendo o Rio durante a festa do Divino, s/d.

Ainda algumas décadas depois, a ocupação portuguesa também se encantaria pelo Rio; decerto com outros motivos, mas ainda ligados ao “Piracicaba”. Os rios eram o meio de comunicação e transporte mais seguros e práticos da época; portanto, situar-se nas margens de um rio no qual rapidamente poderia se navegar e chegar ao rio Tietê, e por este ainda chegar até o rio Paraná, certamente era uma localização mais que privilegiada.
Então desde os primeiros colonizadores a se instalar nessa região, por volta da década de 1690, até os muitos próximos que vieram posteriormente e que por aqui permaneceram definitivamente, como o “povoador” Antônio Correa Barbosa que em 1767 funda definitivamente a cidade de Piracicaba, escolhem esse local devido a toda essa praticidade que lhes era proporcionada, e novamente temos o “Piracicaba” como o centro das atenções!
Foto do Acervo João Chiarini. Rio Piracicaba, s/d.

Desde os períodos descritos acima até os tempos mais recentes, Piracicaba recebeu, e recebe, muitos visitantes e novos moradores, nascidos ou “renascidos” aqui, e cada uma dessas pessoas com um motivo diferente para estar na cidade. Mas certamente podemos afirmar que: Todos que por aqui passam se impressionaram com o “Nosso Sarto”!

Guilherme Erler Pedrozo, aluno do 3º semestre do curso de História da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.



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