Em matéria veiculada no jornal “O Movimento”, periódico
brasileiro de imprensa alternativa (1975-1981), no mês de agosto do ano final
de sua circulação está o título “Na defesa dos mais fortes”, fazendo referência
a Policia Militar brasileira e, segundo o jornal, seu posicionamento em
oposição à vontade das grandes massas.
O artigo faz um breve resumo sobre o surgimento das
Polícias Militares, nos contando que elas “surgem da necessidade de as classes
dominantes do país ter o seu braço armado” no âmbito regional. Ainda no mesmo
parágrafo é passado de maneira bem rápida o seu surgimento ainda na época de D.
João VI e continuou a atuar durante os anos seguintes (no período Imperial e
Regencial).
A matéria também nos conta que é no
momento após a Primeira Guerra Mundial que ocorre o forte crescimento das
Forças Públicas (conjunto de forças armadas protetoras das províncias) e que
poderiam fazer frente ao Exército Nacional. Para auxiliar no controle do estado
e tentar impedir que essa força se rebelasse, a PM passa a ser formalmente
força auxiliar do Exército.
Após essa grande força estar estabilizada ela vai estar
presente nos momentos mais importantes no Brasil pelas próximas décadas.
Citando a própria matéria:
“(...) as Polícias Militares participaram dos movimentos
políticos de 1923, 24 e 26; do Tenentismo em 1930; da “Revolução Constitucionalista”
de 1932 em São Paulo; do combate ao que se chamou de “Intentona Comunista”.
Também atuaram contra a Coluna Prestes e finalmente participaram do golpe de
1964.”
Há ainda, na mesma página, mais dois textos curtos
abordando o assunto do salário da PM e a sua desvalorização perante o Exército,
sendo dito pelo jornal que “a fama da PM de reprimir a população e ser violenta
nunca foi compensada pelo estado”.
Esse e outros temas relacionados ao jornal “O Movimento”
podem ser pesquisados no acervo do Espaço Memória Piracicabana no Centro
Cultural Martha Watts.
Horário de funcionamento do EMP: 9h-12h / 13h-17h.
Guilherme
Erler Pedrozo, aluno do segundo semestre de História da
UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo Jornal O Movimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário