Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

,

Pages

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Mais cartas de Chiarini



Retomando um tema já falado aqui no blog, sobre as cartas de João Chiarini, dessa vez vamos falar de uma caixa que temos aqui no acervo, com cartas anteriores a década de 60. 

Lá encontramos cartas que Chiarini trocava com Mário de Andrade.  Nelas, Mário de  Andrade sempre dialogou sobre folclore,  questionando Chiarini sobre termos utilizados em festas populares.

Na mesma pasta temos cartas de José Oswald Antonio de Andrade (filho de Oswald de Andrade). José Oswald Antonio de Andrade foi um pintor, escritor, jornalista, músico e foi chefe da "Secção de Expansão Cultural” do Governo de São Paulo. Interessado em enriquecer o arquivo folclórico da entidade, se correspondeu com Chiarini para saber mais detalhes sobre afinações de viola em Piracicaba.

Roger Bastide, sociólogo francês que integrou a missão francesa que veio ao Brasil por ocasião da fundação da USP, outro que se correspondia com Chiarini, em uma das cartas fala que veio para Piracicaba conversar com o folclorista mas não conseguiu entrar em contato com Chiarini, “Não sei si foi por coisa do meu sotaque francez: mas ninguém entendeu do termo “folclore”.

Bastide também fala em outra carta que adorou conhecer o Centro de Folclore e a cidade de Piracicaba, conhecendo a ESALQ, o Engenho Central . Na visita de Bastide a Piracicaba, Chiarini lhe explicou sobre a catira, o bate pé, e que tudo isso o ajudou a gostar e entender mais sobre o folclore paulista.

A importância do acervo e pesquisa folclórica de Chiarini era também de conhecimento do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura, da Comissão Nacional de Folclore. Em carta recebida em 1947, o IBECC,  pede a colaboração de Chiarini para o desenvolvimento de atividades folclóricas pelo Brasil. Mais tarde, Renato Almeida, do IBECC, indicou o nome de João Chiarini para ser correspondente  do International Folk Music Council, em Londres.


Todo esse material está disponível para pesquisa em nosso acervo.



Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

Nenhum comentário:

Postar um comentário