No ano de 1962, o Jornal “Diário de
Piracicaba” fez campanha para os brasileiros votarem “não” no plebiscito que
visava manter o sistema de governo parlamentar instalado em 1961.
Parlamentarismo é um sistema de governo em que,
diferentemente do presidencialismo, chefe de estado e chefe de governo são
funções separadas. O primeiro apenas representa o Estado, o segundo exerce o Poder Executivo e quem
escolhe o Presidente é o Parlamento e não o povo.
Diário de Piracicaba - 16/12/1962 |
Diário de Piracicaba, 30/12/1962 |
O Parlamentarismo foi instalado no Brasil depois da renúncia
de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, sendo assim o vice-presidente João
Goulart deveria assumir o seu lugar. No entanto, Goulart estava em uma viagem a
China e o próximo na linha de sucessão seria o presidente da Câmara dos
Deputados, Ranieri Mazilli, que acabou assumindo o cargo.
Em setembro de 1961, através
de uma manobra política do Congresso Nacional, foi implementado o
Parlamentarismo e João Goulart foi empossado como Presidente, porém sem os
mesmos poderes do cargo no presidencialismo, pois agora havia Primeiro Ministro
que detinha o poder de governo.
Diário de Piracicaba, 23/12/1962 |
Diário de Piracicaba, 16/12/1962 |
O povo brasileiro mostrou sua insatisfação com o
Parlamentarismo, houve recessão da economia no país e a situação se tornou
insustentável. Sendo assim João Goulart criou um plebiscito que foi votado no
dia 6 de janeiro de 1963, para que definitivamente fosse banido o
Parlamentarismo. Doze milhões de brasileiros foram às urnas e 80% votaram a
favor do presidencialismo que foi instituído novamente. Goulart foi empossado
novamente como Presidente, ficando no poder até ser derrubado pelo golpe militar
em 1964.
Tiago
Favaris, aluno do sexto semestre de Sistemas de
Informação.
Pesquisa realizada no acervo
O Diário.
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