Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

,

Pages

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Banquete Antropofágico


“Para comer meus próprios semelhantes
  Eis me aqui sentado à mesa” (Augusto dos Anjos, Eu, 1912) – Poema de abertura da reedição.



Das revistas ligadas ao Modernismo, as mais características e representativas foram KLAXON e a REVISTA DE ANTROPOFAGIA, ambas publicadas em São Paulo. Esta última é considerada a mais revolucionária do Modernismo e a reedição completa dessa revista literária (que circulou entre 1928 e 1929) pode ser encontrada aqui no acervo João Chiarini, com introdução de Agusto de Campos, de 1975.

“A antropofagia, que – como disse Oswald – “salvou o sentido do modernismo”, é também a única filosofia original brasileira e, sob alguns aspectos, o mais radical dos movimentos artísticos que produzimos. Por isso é da maior importância que se ilumine o “caminho percorrido”, no qual a Revista de Antropofagia é etapa indispensável. Ilhado pela ignorância, Oswald parecia ter perdido a batalha. “Venceu o sistema de Babilônia e a garção de costeleta”, chegou a escrever. Mas ele ressuscitou  nos últimos anos, para nutrir o impulso das novas gerações. Tabu até ontem, hoje totem. No necessário banquete totêmico não devemos, porém, comemorar, mas comer a revista. Como ele queria. SOMOS ANTROPÓFAGOS.” Augusto de Campos.













Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

Nenhum comentário:

Postar um comentário