Em
1961, o filme Bonequinha de Luxo foi marcado pela cena final: o beijo na chuva
de Holly Golightly e Paul Varjak, interpretados por Audrey Hepburn e George
Peppard. Esse e outros clássicos beijos da história da sétima arte são sem dúvida
alguma de tirar o fôlego e causam nos espectadores uma forte emoção, seguida de
abundante descarga de adrenalina na corrente circulatória, cujos efeitos estão
perfeitamente comprovados pela experimentação e pela observação clínica. O
impacto emocional é real, mas os romances produzidos para as telas do cinema
são completamente ensaiados e técnicos.
George Peppard e Audrey Hepburn, em Bonequinha de Luxo. Fonte: Google Imagens |
O
acervo Rocha Netto vai muito além de coleções sobre esportes. Como já foi até
citado aqui no Blog em publicações anteriores, o jornalista gostava muito de
cinema e assim colecionou um material riquíssimo sobre o tema. A revista Fatos
e Fotos, edição do dia 5 de junho de 1965 (páginas 42 e 43), publicou uma
pequena reportagem para ensinar os beijoqueiros de plantão como dar um beijo
cinematográfico.
O
beijo hollywoodiano teve um professor: Leon Charles, o mais famoso mestre da
“arte de beijar”, que ensinou atrizes como Shirley Mac Laine, Lana Turner,
Doris Day, Audrey Hepburn e Sandra Dee. Charles garante: “os homens acham
orgulhosamente que não precisam de aulas nesse campo e, na hora do filme,
apertam e amassam a moça toda, estragando um ‘take’. É preciso controle
muscular e uma correção nos movimentos próxima da perfeição, para evitar, por
exemplo, uma desagradável trombada de narizes.”
"O professor de beijo" - Revista F&F/fotos Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA). |
Jessica Polliani Coracini, aluna do
oitavo semestre de jornalismo da UNIMEP.
Pesquisa
realizada no Acervo: Rocha Netto
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