Em
30 de abril de 1986 o jornal “O Diário de Piracicaba” publicou diversas
matérias sobre o acidente que aconteceu dia 26 daquele mês, na Usina Nuclear de
Chernobyl, perto da cidade de Pripyat, então República Socialista Soviética da
Ucrânia.
O
jornal destaca o fato da rádio Moscou ter informado sobre o acidente na usina,
chamando o ocorrido de um “desastre”. A rádio também alertou para o perigo do
uso deste tipo de gerador de energia: “São aplicadas medidas drásticas para
garantir o funcionamento e a segurança dos reatores nucleares. Apesar disso,
segundo nosso observador, este acidente e muito outros ocorridos em instalações
atômicas de países ocidentais demonstram que a aplicação de poder nuclear,
mesmo com fins pacíficos, pode ser perigosa”.
Algo
que chamou a atenção para a gravidade do ocorrido foram os soviéticos terem
entrado em contato com cientistas da Alemanha Ocidental, pedindo “assessoria”
para combater o incêndio que ocorria na usina. Também foi requerido o envio de
técnicos para auxiliar no tratamento das vítimas do desastre.
Um
consenso entre os cientistas do mundo inteiro foi o desconhecimento do que
poderia ter causado tal acidente a princípio. A matéria reforça um artigo
lançado pouco tempo antes que garantia a segurança das usinas e principalmente
a segurança no caso de perca de refrigeração do reator. Em 1983 havia sido
escrito um outro artigo pelo cientista Peter Bird onde o mesmo afirmava “um
acidente com uma séria perda de refrigeração é praticamente impossível”.
O
porta-voz governamental da Polônia Jerzy Urban informou sobre o aumento dos
níveis de radiação detectadas no país, entretanto garantiu que o “nível de
radiação não se aproxima do que poderia representar uma ameaça para a saúde
humana”. Entretanto nas regiões próximas da Usina Nuclear de Chernobyl o
cenário era diferente. Milhares de pessoas foram evacuadas das proximidades,
tendo sido estabelecida uma zona de segurança de 30 quilômetros em torno das
instalações afetadas.
A
URSS informou que apenas duas pessoas haviam morrido no acidente e que a
“situação de radiação” já havia sido normalizada. Com o decorrer do tempo,
novas informações seriam divulgadas, e mais se soube sobre as causas do
acidente e as consequências que tais níveis de radiação exposta traria paras as
pessoas e o entorno da região.
Roberto Carlos Habermann, aluno do 5º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da
UNIMEP.
Pesquisa realizada no Acervo “O Diário”.
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