No
ano de 1911, em Piracicaba, Vicente de La Gamba, italiano, colocou uma
propaganda no Jornal de Piracicaba anunciando que praticava medicina sem
operação.
Muitos
foram os enfermos que buscaram a ajuda de Vicente. No entanto, os resultados
não foram os esperados pelos pacientes de La Gamba. O italiano foi acusado de
praticar medicina sem ser realmente médico e de receitar métodos nada eficazes
aos seus pacientes. A maleta encontrada em posse de Vicente continha pó de
carvão animal, mistura de plantas diversas (flores e cascas) entre elas
salsaparrilha.
Acervo do Fórum/CCMW. |
Vicente
acreditava que a cura estava na água e por isso receitava banhos para os
doentes. Ele também usava o nome de Professor, pois segundo o próprio,
professor significaria “ser profissional” em alguma coisa.
Acervo do Fórum/CCMW. |
Um
senhora com tuberculose medicada pelo italiano teve que tomar banhos frios e
quentes e sem ter alcançado a cura - segundo consta no processo, ela já estava em estágio terminal da doença - ,
resolveu prestar queixa contra o professor. Quando chegou à delegacia, provocou uma intensa discussão, mobilizando muita gente para lhe ajudar a subir as escadas, pois estava muito doente, incapacitada de caminhar normalmente e que tudo isso era culpa de Vicente. Para outra paciente, com feridas na
pele, La Gamba orientou para que ficasse exposta ao sol coberta com lã por 2 horas e que
depois tomasse um banho de água fria. Também não teve melhora alguma e
testemunhou contra Vicente. No total, foram seis testemunhas.
Vivian
Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa
realizada no acervo do Fórum
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