Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Piracicaba em 1980


O debate político em 1980 era intenso na cidade de Piracicaba. O jornal O Diário mostra toda essa movimentação na cidade. Lula veio lançar o PT na cidade, as Universidades entravam em greve, a UNE preparava um Congresso que seria realizado em Piracicaba, a população protestava contra a ditadura militar, festivais de música também aconteciam.








Pesquisa realizada no acervo O Diário.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

9 de Julho - 1932: São Paulo em armas pelo Brasil

Em 9 de Julho de 1983, a revolução de 32 completava seus 52 anos. Em homenagem a esta data, o jornal ‘O Diário’ dedicou uma página completa sobre a história e os atos comemorativos que seriam realizados, intitulada ‘9 de Julho – 1932: São Paulo em armas pelo Brasil’.

Na página pode ser conferida uma breve história da revolução, segundo o jornal, uma “revolução da elite”. Diversos setores da elite paulista se viam prejudicados pelo governo do presidente Getúlio Vargas. Estes setores romperam com Vargas e, em 9 de Julho de 1932, eclodiu uma guerra civil que duraria três meses.
Outro artigo da página mencionava a história de um Piracicabano que ficou sem trocar a farda durante os três meses de conflito:


               Em outro trecho, o leitor pôde conferir a participação de Piracicaba (SP) em número de homens no conflito, óbitos, e também sobre a participação das mulheres no período:


                    Por fim, um artigo com a programação de 9 de Julho, fornecia detalhes sobre as festividades que seriam realizadas, sendo elas: uma missa na Catedral de Santo Antônio, solenidades no  Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes e uma visita ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista no Cemitério da Saudade.



Adriano Zaulkauskas, aluno do sétimo semestre do curso de História da Unimep.

Pesquisa realizada no acervo O Diário.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Adolescente é envolvido em Jogo do Bicho


Entre os mais de 13.000 processos existentes no Acervo Judiciário do Fórum de Piracicaba (SP), está de M.D, pintor de 40 anos, e F.Z., carregador de 16 anos de idade, no ano de 1917. O carregador foi apreendido, por suspeita de porte de papeis com informações de jogo do Bicho, prática ilegal no Brasil, além de 15$000 em espécie.

Segundo o processo, “pretendeu-se apurar a responsabilidade do menor F.Z. e M.D. como agenciadores do jogo do Bicho, de P.P., como jogador apostador, e de A.T. e I.P.S., como banqueiras do referido jogo”.

Conforme os indícios colhidos nos inquéritos, P.P chamou o jovem em seu estabelecimento e o mandou levar o pedido do jogo até as banqueiras. Pedido que não foi concretizado, devido ao flagrante das autoridades militares. O delegado decretou prisão e apreensão por tentativa de contravenção. P.P também foi indiciado pelo mesmo crime. Já as mulheres não responderam criminalmente, já que “não consta que fossem apanhadas bancando jogo”.

O dinheiro citado no processo, foi apreendido, e segundo o jornal que divulgou o fato na época, seria distribuído para instituições de caridade.





Obs: Os nomes estão protegidos por ser um processo criminal que envolve menor de idade.


Reinaldo Diniz é estudante do quinto semestre do curso de jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Fórum.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Campeonato Sulamericano de 1919

Em 1919, o Brasil consagrou-se Campeão Sulamericano de Futebol. Nesse ano, a CBD convocou também Nardini para os treinos, que jogava pelo XV e para o A.A. Palmeiras.
Nardini acabou não atendendo a solicitação da Confederação Brasileira, alegou estar com problemas pessoais.

Trecho do livro "A História do XV"  de Rocha Netto:

Os jogos

No dia 11 de maio, o Brasil venceu o Chile por 6 a 0 tentos de Friedenreich (3), Neco(2) e Haroldo. A segunda vitória do Brasil deu-se no dia 18 de maio contra a Argentina por 3 a 1  tentos de Amilcar, Millon e Heitor. Na terceira partida, o Brasil empatou com o Uruguai por 2 a 2, tento de Neco, no dia 25 de maio, e como ambos ficaram em idênticas posições para ganhar o título, foi marcado o dia 29 de maio para o jogo de desempate.

O interesse despertado pelo “match” excedeu tudo quanto poderia ser esperado. Como se tratava de um dia útil – quinta-feira – o governo decretou ponto facultativo nas repartições públicas, todos os bancos e alto comércio deixaram de funcionar, para que todos pudessem presenciar o jogo. O jogo transcorreu normal e. no final, surgiu o empate de 0x0. 
Houve a primeira prorrogação e persistiu o empate, depois de 30 minutos de jogo. Na terceira prorrogação, Neco investe pela direita, perseguido por Foglino e dá um passe a Heitor. Este chuta contra o arco uruguaio e Saporiti rebate fraco caindo a bola nos pés de Friedenreich, que, com um belo chute a meia altura, vence o “keeper” uruguaio, Brasil 1 x Uruguai 0.

Povo invade campo

Passados 15 minutos da terceira prorrogação, o juiz apita e a torcida invade o campo para carregar em triunfo os brasileiros, mas a luta não tinha ainda terminado, pois faltavam mais 15 minutos da terceira prorrogação. Foi uma decepção, pois o povo não conhecia o regulamento, pensando que a vitória caberia a quem marcasse o primeiro gol.”


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Hemeroteca Chiarini: Inezita Barroso





“De São Paulo: Era uma noite de estrelas naquela fazenda próxima a Mombuca, no interior de São Paulo. A roda estava formada: os proprietários, as visitas da Capital e os trabalhadores  ali estavam para ouvir a cantora folclórica que fora recolher toadas caipiras para seus programas de rádio e tv.

Outra atração da noitada era um violeiro muito bom que não se cansava de ouvir a “muié cantadera”, que o acompanhava ao violão enquanto ele solava na viola as tiradas de sua autoria. Ao terminarem o dueto, debaixo das palmas dos presentes, o cantador gritou, muito entusiasmado, para os amigos:

‘ Êta muié estorada! Tenho encontrado uns pouco que me acompanha nessas toada, mas ela inté já pode cantá no corêto de Piracicaba!’

Inezita Barroso, a grande cantora folcórica do Brasil, confessa que este foi um dos maiores elogios recebidos em sua carreira artística: toda a sua vida foi dedicada ao estudo de nossa autêntica música popular.” Artigo da revista “Visão” – 17/02/1956


A Hemeroteca Chiarini é composta dos mais diversos temas, focando sempre o folclore e música popular. Artigos sobre Festa do Divino, Cururu, Batuques, festas folclóricas de todo o Brasil. Nesse material encontramos entrevistas e fotos de Inesita Barroso, incluindo um texto escrito pelo próprio Chiarini, da década de 50:

“O caminho de Inezita é amplamente planejado. Indo ao local está sempre armada para oferecer-nos a música e o canto primitivos. E a dança também. Com as suas últimas buscas ao Rio Grande do Sul, em Carapicuiba e Piracicaba, as suas futuras gravações, vídeos e programas de TV oferecer-nos-ão  incontestavelmente material de boa qualidade.”



Vivian Monteiro, historiadora do Espaço Memória Piracicabana.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.