Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ameaça da Paz Mundial em 1961


Em 20 de Julho de 1961, quinta- Feira, a provável Terceira Guerra Mundial  poderia ter sido causada pelos soviéticos em Berlim. Um artigo publicado no Jornal O Diário dizia o seguinte:

“O chanceler britânico Lord Home advertiu hoje que qualquer movimento em falso dos russos em Berlim poderá degenerar numa terceira guerra mundial. Acrescentou que nenhuma situação é tão ameaçadora para a paz como a questão de Berlim”

Após esse anúncio, por votação unânime da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos, John Kennedy foi aprovado para defender a zona ocidental de Berlim. Nessa época, a defesa do país foi reforçada devido as ameaças soviéticas e, através de anúncios feitos pelo rádio e pela tv, o presidente direcionava a população nos preparativos da defesa.

Segundo Kennedy o principal motivo do início da possível Terceira Guerra Mundial, teria sido causado pela União Soviética ao perturbar a paz dos americanos.




Daniela Boaventura, estudante do quinto semestre de Jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo O Diário.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A origem do cordel



O cordel é uma forma de literatura popular que chegou ao Brasil em meados do século XIX.  De origem portuguesa, o cordel recebeu este nome devido a maneira como eram expostos para a venda, presos em um cordão, sendo chamados em Portugal também pelo nome de “folhas volantes”.  No Acervo João Chiarini, podemos encontrar o livro “Literatura de cordel” de M. Diegues Junior, no qual relata mais detalhes sobre o cordel:

“Tem-se atribuído às “folhas volantes” lusitanas a origem de nossa literatura de cordel. Diga-se de passagem, e antes de mais nada, que o próprio nome que consagrou entre nós também é usual em Portugal; a ele refere-se, por exemplo, Teófilo Braga em mais uma parte de suas obras e em artigo especial para um jornal lisboeta, no já longínquo ano de 1895. Eram as “folhas volantes” também chamadas de “folhas soltas”. O povo português, antes que se difundisse a imprensa, usava o registro da poesia popular em “cadernos manuscritos...Estas “Folhas volantes” ou “Folhas soltas”, decerto em impressão muito rudimentar  ou precária, eram vendidas nas feiras, nas romarias, nas praças ou nas ruas; nelas registravam-se fatos históricos ou transcrevia-se  igualmente poesia erudita. Gil vicente, por exemplo, nela aparece. Divulgando-se, por intermédio das folhas volantes, narrativas tradicionais, como a Imperatriz Porcina, Princesa Magalona, Carlos Magno. Tudo isso, evidentemente, e como seria natural, se transladou, com o colono português, para o Brasil; nas naus colonizadoras, com os lavradores, os artífices, a gente do povo, veio naturalmente esta tradição do romanceiro, que se fixaria no nordeste como literatura de cordel.”

No Brasil o cordel encontrou um terreno fértil em terras nordestinas, devido à razões étnicas e questões sociais, segundo M. Diegues Junior “Tudo conduziu  para o nordeste se tornar o ambiente ideal em que surgiria forte, atraente, vasta , a literatura de cordel. Em primeiro lugar, as condições étnicas: o encontro do português  e do africano escravo ali se fez de maneira estável , contínua, não esporadicamente. Houve tempo suficiente para a fusão ou  absorção de influências. Depois, o próprio ambiente social oferecia condições que propiciavam o surgimento dessa forma de comunicação literária, a difusão da poesia popular através de  cantorias em grupo e de forma escrita.” Então, com o tempo, o cordel  adquiriu  características próprias no nordeste e se tornou um importante meio de comunicação.

 Escrito de forma rimada, os temas abordados são abrangentes, tratam desde tradições, histórias, animais, política, crítica social, religiosas. No Acervo João Chiarini podemos ter contato com diversos livros de cordel (alguns deles já citados em publicação anterior no blog) além de material que trata de detalhar o mesmo.
Abaixo podemos conferir trechos de um cordel que aborda a guerra de Canudos e seu personagem principal, Antônio Conselheiro:


Adriano Zaulkauskas, aluno  do sétimo semestre do curso de História da UNIMEP.
Pesquisa realizada no acervo João Chiarini.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Fotos do acervo RN é exibido em rede nacional


Cinema e esporte eram as paixões do jogador, torcedor e jornalista Rocha Netto. Na “Coluna do Rocha Netto” publicada no Jornal de Piracicaba no dia 23 de novembro de 1995, o jornalista aborda o sucesso da exposição ‘Retrospectiva de Cinema e Esporte’ que, durante 25 dias, levou mais de mil pessoas ao Sesi (Serviço Social da Indústria) de Piracicaba.


“Referida exposição chamou a atenção dos meios de comunicação. A TV Brasil, afiliada ao SBT, colocou no ar, no último sábado, um importante trabalho que foi divulgado por todo o Brasil, no seu horário nobre”, escreveu o colecionador, em que seu acervo (com mais de 95 anos) encontra-se no Espaço Memória Piracicabana, localizado no Centro Cultural Martha Watts.

Ele também afirma que “um minuto após a apresentação do programa, o expositor recebeu telefonemas de todo o Brasil’.


O programa foi editado pelo ‘Aqui Agora’. Estiveram presentes na cidade a equipe formada pela repórter Alessandra Campos, cinegrafista Sérgio Mello, o assistente e operador de VT Márcio Demolin, e o iluminador Francisco Chagas.

Exposição

A mostra ‘Retrospectiva de Cinema e Esporte’ era composta por fotos do acervo de Netto, em destaque a sessão de cinema, com fotos e ‘lobby cards’ que resgatavam cenas de filmes, atores e atrizes da década de 20. Os visitantes encontravam retratos de Charles Chaplin, Gary Cooper, Bette Davis, entre outros.




Reinaldo Diniz, estudante do quinto semestre do curso de Jornalismo da Unimep.
Pesquisa realizada no acervo Rocha Netto.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Higienização do CCMW


Assim começou a higienização do Centro Cultural Martha Watts em janeiro.
 
estagiários empolgados com a limpeza.
Os  objetos contidos no CCMW são históricos e, para garantir a proteção do acervo e a saúde das pessoas que trabalham com eles, temos que usar jaleco, luvas, máscara e produtos de limpeza neutros, que não agridam o material que precisa ser higienizado.



No Espaço Memória Piracicabana, os acervos  Chiarini, Rocha Netto,  jornal O Diário, Fórum, passam pela higienização para finalizar esse processo. A limpeza é feita de forma detalhada, livro por livro, caixa por caixa, para melhor conservação do material.

Uma simples pincelada em um livro já prolonga a vida do material em muitos anos.







Na limpeza minuciosa, encontramos livros interessantes no acervo de João Chiarini. O livro dessa vez é de Helmut Andrä e Edgard de Cerqueira Falcão, “Americae Praeterita Eventa”. É uma edição trilíngue com estudos e interpretações sobre a descoberta do Mundo Novo.
Desenhos que retratam a visão européia dos índios que aqui viviam.



Banquete de índios na Bahia, segundo descrição do aventureiro alemão J. G. Aldenburgk, em 1624.