Espaço MEMÓRIA PIRACICABANA

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sexta-feira, 30 de março de 2012

Escravos de 1872 a 1888.

Lista de escravos do século XIX.


Encontra-se no acervo Jair Toledo Veiga uma relação de escravos solicitada pelo Governador de Piracicaba do ano de 1872 a 1888.
A tabela de escravos está dividida em ano, dia, mês, nome do escravo, idade e senhor.
Em 1872, foram registrados 39 escravos, e em 1888 4 nomes foram registrados.
Os escravos listados não possuem sobrenome algum, a maioria dos nomes são comuns hoje em dia, como Maria, Rita, José e Rosa.  Já o de seus senhores consta nome e sobrenome.
O escravo mais novo, de nome Luiz, foi registrado em 1897 com apenas sete messes.  E a maior idade registrada foi de 110 anos, com cerca de seis pessoas com essa idade. Pode-se perceber pelo documento que a maioria dos escravos possuía de 60 a 80 anos de vida.

Leniara Santos Aluna do terceiro semestre de História da UNIMEP.
Pesquisa Realizada no acervo Jair Toledo Veiga.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Em 1914, fotografias são utilizadas como provas periciais.

Foto usada pela pericia, simulando como teria ocorrido o homicídio.


No dia 25 de março de 1914 o caso I.M, um caso de homicídio chamou a atenção da sociedade piracicabana, pois foi um dos poucos documentos da época que possuem fotos feitas pelos peritos para reconstituírem o crime.
I.M foi um negociante sírio, que residia na cidade e foi assassinado no bairro de Serra Negra. O acusado foi seu sobrinho, também sírio e negociante, J.A.H, que era o único acompanhante de I.M. no momento de sua morte e que aparentemente foi contraditório em seu depoimento as autoridades. 
O acusado alegava que ambos teriam sido vitimas de um assalto e que enquanto tentava fugir, seu tio foi atingido pelos tiros de uma garruncha, depois ao retornar ao local, o jovem observou que os bolsos de seu tio estavam vazios, sem o dinheiro que havia anteriormente.
Para comprovar sua inocência, os advogados de J.A.H acompanhados de peritos, fizeram fotos e a reconstituição do crime, sendo bastante realistas e criteriosos em sua análise que contou com uma charrete bastante parecida com a da vitima, por final anexaram a averiguação ao processo. O recurso surtiu efeitos, o jovem foi absolvido no seu julgamento.



André Medolago,  Aluno do terceiro semestre de Jornalismo da UNIMEP.
Pesquisa Realizada no acervo do Fórum.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Gymnasio Piracicabano

Anuncio sobre o exame de madureza oferecido pelo Gymnasio.

Em sua primeira edição, janeiro de 1935, o jornal “O Diário” apresenta um modelo de reportagem bem diferenciada das atuais, na forma de escrever, nas palavras que já não são usadas no vocabulário atual, e nos anúncios antigos de lojas, farmácias, relojoarias e escolas de Piracicaba.
Um desses anúncios é do Gymnasio Piracicababano, onde se fazia “exames de madureza”. Pode-se notar o vocabulário do anúncio – foto acima – onde eram feitas as “inscripções” (inscrições) para a habilitação nas 3ª, 4ª e 5ª séries.
Informações dos anúncios passadas aos candidatos que possuíssem 18 anos, já estivessem com o recibo das taxas do exame, e para a 4ª ou 5ª série era necessário ter a habilitação nas séries anteriores. Os “alumnos” (alunos) interessados poderiam entrar em contato também, através do número de telefone, ainda com apenas três dígitos, 437.

Amanda Tamborim, Terceiro semestre do curso de História
Acervo: O Diário

sexta-feira, 9 de março de 2012

XV e Linense, jogo de tradição.


       Em 1948 XV se sagra o primeiro campeão da lei de acesso, sobre o adversário desse final de semana no campeonato paulista, o Linense. Os clubes disputavam junto com o Rio Pardo, o triangular final que definiria o campeão do Interior, no qual somente o primeiro colocado subiria para a primeira divisão estadual.
     
       O Alvinegro já havia vencido o Rio Pardo por 2 a 1 , com gols de Rabeca e De Maria em jogo de lotação de público no estádio da Juventus da Mooca, precisava de uma vitória diante do Elefante da Noroeste, para ficar com o cedro. Devido a esse recorde de público que aconteceu no jogo anterior a Federação Paulista de Futebol mudou o jogo do Campo da Rua Javari para o Parque Antártica, campo do Palmeiras.
No primeiro tempo o jogo permaneceu sem gols em uma partida truncada, no segundo tempo houve a surpresa, o XV goleou o Linense por 5 a 1, com dois de Gatão, dois de Rabeca e um de De Maria, garantindo o XV como primeiro time do interior a disputar um estadual com os da capital.

André Medolago, Amanda Tamborim e Leniara Santos Alunos do terceiro semestre de Jornalismo e História da UNIMEP
Pesquisa Realizada no acervo Rocha Netto

sexta-feira, 2 de março de 2012

João Chiarini e Tales de Andrade

A peça criada por Chiarini foi feita a partir de uma obra de Tales de Andrade.

João Chiarini tinha contato com vários professores e escritores. Um de seus amigos era Tales de Andrade, professor, diretor, inspetor técnico do ensino rural e presidente do Esporte Clube XV de Novembro, e que ficou conhecido pela obra literária “SAUDADE”, de 1918.
Dia 27 de março, comemora-se o dia do teatro, uma das paixões de João Chiarini que fez uma peça escolar escrita em dois atos, baseado no “Saudade” de Tales de Andrade.
A peça foi apresentada duas vezes, uma em 26 de julho de 1949 no teatro do Grupo Escolar Rural Alberto Torres e em 13 de dezembro de 1949 no “cine Brasil”, em Pinheiros, SP.
João Chiarini também escrevia em jornais e publicou livros sobre assunto como  folclore e cordel, onde aborda os poetas trovadores nordestinos, foi também o fundador da Academia de Letras de Piracicaba.

Leniara da Silva Santos, aluna do terceiro semestre de história na Unimep.
Pesquisa realizada no Acervo: João Chiarini